Robustez

Martins é a número 1 da maior parte das indústrias do país

Grupo mineiro é um dos maiores no setor atacadista sendo também líder na distribuição

Por Helenice Laguardia
Publicado em 13 de maio de 2015 | 03:00
 
 
 
normal

Uma coleção de títulos portentosos pertence a uma empresa mineira, nascida em Uberlândia em 1953, e que continua com sua sede no Triângulo Mineiro. Ela é a Martins, um dos maiores atacados-distribuidores do país. “Hoje somos o número 1 da maioria das indústrias do Brasil”, diz o CEO da empresa, Walter Faria, que participou com o fundador da Martins, Alair Martins, do Fórum de Comandatuba, do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), na Bahia. É da Martins, por exemplo, o título de maior distribuidora do mundo das sandálias Havaianas com 32 milhões de pares por ano no Brasil. Para citar mais alguns, a Martins é a maior distribuidora da Samsung no país. Também é a maior distribuidora da Colgate e de desodorantes da Unilever no planeta e a maior da América Latina da Gillette, que pertence à Procter & Gamble.

Com 350 mil clientes varejistas em todo o Brasil, a Martins engloba desde alimentos, bebidas, bazar, higiene, beleza e limpeza, telefonia, eletro, informática e material de construção. “Ou seja, qualquer varejista. Então, é muito complexo”, explica Faria.

Por isso, a Martins começou a fazer unidades de negócios em busca de maior foco criando comitê de riscos e auditoria, políticas e regras de governança e de integração do grupo. Além da Martins, que é comandada por Walter Faria, o grupo reúne o Smart Supermercados – com 954 lojas – o Tribanco, Tricard, Universidade Martins do Varejo e o Instituto Alair Martins.

Mesmo num ano considerado desafiador e embalado pela ordem de baixar custos, Faria calcula que o faturamento do grupo vai crescer cerca de 8%. “No ano passado, ficamos próximo dos R$ 5 bilhões”, disse o executivo da empresa, que congrega 5.300 funcionários e 1.100 caminhões.

Faria explica que é preciso baixar o custo de servir para que ele seja mais adequado para a Martins continuar com crescimento e rentabilidade. “É um desafio, porque, ao mesmo tempo, queremos prestar um bom serviço ao nosso cliente, então é um ano de acomodação”, sugere o executivo.

Ensino e afins. A Universidade Martins do Varejo é para fazer projeto arquitetônico, solução de sistema, solução de gestão para o varejista com treinamento e cursos. “Treinamos 20 mil pessoas por ano na universidade e fazemos mil projetos de lojas por ano”, informa Faria.

Outro braço do grupo, o Tribanco – instituição financeira do grupo – tem na sua carteira de financiamento cerca de R$ 2 bilhões. “É um banco médio mas que para o varejista é muito importante pois tem taxas diferenciadas e subsidiadas”, diz.

O Martins também tem o Tricard com 4,5 milhões de cartões de crédito para o consumidor e o pequeno varejista. “Temos a parceria com a Redecard implementando as maquininhas para a empresa e usando o canal satélite do Martins. Aí, fazemos a transferência eletrônica de fundos”, explica Faria.

Como o Tribanco tem a companhia de adquirência (que credencia lojistas para a captura de transações com cartões de débito e crédito), então, o varejista pode abrir uma conta no banco do Grupo Martins e receber automaticamente ao passar o cartão de crédito. É a verticalização das soluções que a Martins faz para o varejista.

Para Faria, o maior desafio atual para o varejista é sobreviver e, o segundo, se desenvolver. “Então, levamos uma solução para ele desse desenvolvimento. Se eles crescem, nós crescemos com eles”, acredita Faria.

Trajetória
Começo.
  Alair Martins do Nascimento, o fundador do Grupo Martins, morava na zona rural, mas convenceu seus pais a ir morar em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, quando ele foi visitar a mercearia de seu tio.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!