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Mineiros se arriscam mais nos investimentos, mas sem abandonar a renda fixa

Poupança, títulos públicos e fundos DI começam a perder espaço para CDBs, LCAs e LCIs, segundo o Santander


Publicado em 11 de outubro de 2023 | 14:44
 
 
 
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Os mineiros estão começando a se arriscar mais no mundo dos investimentos. Levantamento realizado pelo Santander Brasil em Minas Gerais mostra que títulos públicos, fundos DI e até a poupança cederam espaço para opções menos conservadoras, como Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e as Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs).

O estudo compara os investimentos realizados pelos clientes entre janeiro e junho de 2023 com o mesmo período do ano passado. Os números acompanham o cenário nacional, que registrou movimento similar.

Em Minas Gerais, a renda fixa – que engloba CDBs, LCI, LCA e LIGs – foi a categoria que mais cresceu no período: 19%, saltando de 35,2% do total da carteira dos investidores no primeiro semestre de 2022 para 41,36%, de janeiro a junho de 2023.

Outra categoria que também registrou crescimento no período foram os Certificados de Operações Estruturadas (COEs), que avançaram 39%, ainda que sua representatividade seja bem menor que a da renda fixa: cerca de 4,29% do portfólio ao fim de junho deste ano.

“Os dados revelam maturidade dos investidores dispostos a correr um pouco mais de risco – além de uma menor liquidez – em troca de maiores retornos. Tudo isso sem renunciar à segurança oferecida pela Selic ainda em patamares bastante altos”, afirma Leonardo Siqueira, head de Investimentos do Santander Brasil.

Investimentos mais conservadores como o Tesouro Direto se manteve, já fundos de renda fixa, incluindo fundos DI, ficaram menos atrativos aos olhos dos investidores: o aporte recuou 16%.

Outras categorias que também registraram queda foram os fundos multimercados (-32%), crédito privado e cambiais (-32%); fundos de renda variável recuaram 44%; além dos ativos de crédito privado (-32%); e ações, ETFs e fundos imobiliários, cuja participação na carteira caiu 26%.

Até a caderneta de poupança, considerada o investimento preferido dos brasileiros, perdeu espaço, passando de 23,55% do total do portfólio em junho de 2022 para 21,15% em junho deste ano, na capital mineira.

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