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Motorista gasta mais R$ 23 para encher o tanque de gasolina em BH, após reajuste

Petrobras aumentou preço do combustível na última semana e, agora, etanol vale mais a pena


Publicado em 21 de agosto de 2023 | 08:14
 
 
 
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O reajuste do preço da gasolina anunciado pela Petrobras na última semana chegou ao bolso dos motoristas de Belo Horizonte e região. Encher um tanque de 50 litros ficou, em média, R$ 23 mais caro, segundo levantamento do site de pesquisa Mercado Mineiro, divulgado nesta segunda-feira (21/08).

O preço médio da gasolina nos postos aumentou cerca de 9% desde o final de julho, o equivalente a R$ 0,46. O valor saltou de R$ 5,16 para R$ 5,62 após uma montanha-russa de mudanças. “Tivemos uma surpresa extremamente desagradável. Primeiro, houve um aumento significativo antes da quarta-feira, dia 15 [quando o aumento da Petrobras começou a valer]. Vários postos aumentaram o preço, e o consumidor se sentiu, mais uma vez, lesado. O que acontece sempre quando há esses aumentos é que alguns postos erram a mão no aumento e depois recuam. O consumidor fica totalmente perdido”, pontua o administrador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu.

E exemplifica: “tivemos um posto que, no domingo, cobrava R$ 4,99 na gasolina. Na quarta, R$ 5,69. Na sexta, R$ 5,47. Ou seja, vários postos subiram ao máximo e, agora, estão recuando um pouquinho, em virtude da concorrência”. 

O site de pesquisa avaliou 200 estabelecimentos entre os dias 16 e 18 de agosto. O preço da gasolina varia 13,2% e vai de R$ 5,29 a R$ 5,99. O endereço de todos os locais pesquisados está disponível no Mercado Mineiro.

Etanol fica mais barato e vale a pena na Grande BH

Já o etanol ficou 2,1% mais barato, o equivalente a R$ 0,07. O preço caiu de R$ 3,54 para R$ 3,47. Assim, em geral ele está valendo a pena para o motorista, pois o preço médio equivale a 62% do valor da gasolina — habitualmente, ele é vantajoso quando a porcentagem está abaixo de 70%.

Diesel volta a ficar mais caro que a gasolina

O diesel teve um aumento de 23,1% e está novamente mais caro que a gasolina, com o litro a R$ 5,95. No final de julho, ele estava abaixo da gasolina e era vendido por R$ 4,83. A alta inquieta o setor de transportes, e o Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Sindtanque), por exemplo, disse ser “impossível” absorver o aumento.

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