É lei

Na Islândia, é ilegal pagar menos à mulher

País é o primeiro a tornar a igualdade salarial obrigatória no governo e em empresas

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 04 de janeiro de 2018 | 03:00
 
 
 
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Entrou em vigor no último dia 1º, na Islândia, uma lei que torna ilegal pagar mais aos homens do que às mulheres no país. A medida será aplicada tanto nos órgãos governamentais quanto nas empresas do setor privado com mais de 25 funcionários. Todos terão que obter uma certificação especial do governo garantindo que ali existem políticas de igualdade salarial. Quem não conseguir a certificação vai levar multa.

Com isso, a Islândia vira o primeiro país no mundo a tornar a igualdade salarial obrigatória. A ilha nórdica pretende erradicar as disparidades salariais entre homens e mulheres até 2022.

Ao anunciar a medida, em março de 2017, o ministro da Igualdade e Assuntos Sociais da Islândia, Thorsteinn Viglundsson, defendeu que “direitos iguais são direitos humanos”. “Precisamos garantir que homens e mulheres desfrutem da igualdade de oportunidades no local de trabalho. É nossa responsabilidade tomar todas as medidas para conseguir isso”, afirmou na ocasião.

A lei recebeu apoio de todos os partidos políticos no país. Lá, quase metade dos membros do Congresso são mulheres. A Islândia é líder no empoderamento político feminino e na luta constante pela igualdade salarial.

Em 2017, pela nona vez, o país ocupou o primeiro lugar no Índice Global Gender Gap do Fórum Econômico Mundial, que classifica 144 nações com base em quão perto estão de alcançar a igualdade de gênero. Segundo o último relatório, a Islândia já havia fechado 87% das lacunas de diferença de gênero.

Globalmente, a desigualdade aumentou em 2017 pela primeira vez desde que o documento anual começou a ser publicado, em 2006. A distância média até a paridade de gênero no mundo é agora de 32%, ante 31,7% em 2016. O relatório mede a igualdade entre homens e mulheres em quatro áreas-chave: saúde, educação, economia e política.

No ano passado, o Brasil ocupou o 90º lugar, pouco acima da média global, ficando atrás de vizinhos como Argentina (34º), Peru (48º) e Venezuela (60º). 

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