O ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Aroldo Cedraz tomou posse nesta quarta-feira (10) como novo presidente do órgão para um mandato de dois anos. Cedraz substitui Augusto Nardes.
A presidente Dilma Rousseff compareceu à cerimônia, assim como os presidentes do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Levandowski, do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Henrique Eduardo Alves. Nenhum deles falou durante o evento.
O novo presidente do TCU é professor universitário e foi deputado federal pela Bahia. Ele assumirá o cargo num momento em que o TCU tem sido um dos protagonistas nas investigações sobre a Petrobrás.
No caso da compra da refinaria de Pasadena (EUA), o TCU determinou que dirigentes e ex-dirigentes devolvam quase R$ 1,7 bilhão pelos prejuízos causados na negociação. O órgão também passou a promover auditorias das contas da União com padrões internacionais, o que dificultará manobras fiscais que o governo vem fazendo nós últimos anos.
Em seu discurso, Cedraz afirmou que está convicto da seriedade e comportamento ético da presidente Dilma o que, para ele, "serão elementos necessários para resgatar a confiança da sociedade e do mercado no país".
Cedraz lembrou ainda que o controle dos gastos públicos é essencial pra a cidadania e que, por isso, TCU continuará fazendo julgamentos técnicos com o intuito de "contribuir com o aperfeiçoamento da administração pública".
O novo presidente também defendeu ações preventivas do órgão para evitar o desperdício de recursos públicos. E a implantação de um governo eletrônico para evitar a "ação dos agentes da corrupção". "A burocracia deve ser desmontada definitivamente. Não podemos aceitar o monopólio dos cabides", disse Cedraz.