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Oracle anuncia construção de primeiro datacenter na América Latina

Mark Hurd, presidente da empresa de tecnologia, ainda mantêm em segredo quanto ao valor do investimento e à cidade onde a central ficará

Por ISIS MOTA
Publicado em 11 de dezembro de 2013 | 18:37
 
 
 
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O primeiro datacenter da Oracle na América Latina será construído no Brasil e começará a funcionar no meio do ano que vem. O anúncio foi feito ontem, em São Paulo, pelo presidente da empresa de tecnologia, Mark Hurd, que fez segredo quanto ao investimento e à cidade onde a central ficará.

Um datacenter é, grosseiramente falando, um prédio com computadores de incrível capacidade, onde ficam armazenadas, debaixo de camadas e camadas de segurança, todas as informações de uma empresa, universidade, instituto de pesquisa etc. É onde o seu banco, o seu plano de saúde ou a sua operadora de telefonia, por exemplo, guardam todas as informações que têm sobre você e o negócio como um todo. Basicamente é o coração do que se chama computação em nuvem ("cloud computing"), em que as informações estão armazenadas em local seguro, remoto, e podem ser processadas e acessadas de qualquer lugar.

Este será o 18º centro de dados da Oracle, mas o primeiro latino-americano. Embora não revele valores, o presidente da empresa diz que "já investiu muito por aqui". "Acreditamos na economia brasileira. Compramos um imóvel, vamos contratar mais profissionais, eu mesmo estou aqui para que todos saibam o quanto o Brasil é um mercado importante para esta empresa", disse o presidente da companhia, cuja receita está na casa dos US$ 32 bilhões.

Investimento crescente. Segundo números da própria Oracle, em 2012 o mundo tinha 9 bilhões de equipamentos com acesso a internet. Em 2020, serão 50 bilhões. "Vamos gerar mais dados do que em toda a história do planeta", disse Hurd.  É tanto que os executivos desse setor usam termos como quintilhões e zetabytes para falar de quantidade. As empresas, assim como as pessoas fazem em seus computadores de casa ou celulares, vão ter que começar a decidir quais dados manter e quais jogar fora.

O mercado de software para o chamado "big data",  grandes volumes de dados processados a altas velocidades, está crescendo três vezes mais rápido que o mercado em geral. O custo médio por Terabyte hospedado, segundo Hurd, varia entre US$ 7.000 e US$ 9.000. Imagine um banco que tem 300 Petabytes de dados para serem guardados. E esse volume de dados cresce cerca de 40% ao ano. Para atender a essa necessidade estratosférica de armazenamento, as empresas vão ter que investir, expandindo o potencial do mercado da Oracle e suas principais concorrentes, como a SAP e a IBM.

*Viajou a convite da Oracle
 

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