Para postos mineiros, falta de previsibilidade da Petrobras prejudica negócios

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (19) aumento no preço do diesel e redução no valor da gasolina em suas refinarias. São as primeiras mudanças de preços desde agosto. O litro do diesel subirá R$ 0,25 e o da gasolina cairá R$ 0,12. A mudança de preço acontecerá a partir de sábado (21). A redução do preço da gasolina veio em função das seguidas quedas do preço internacional do petróleo. O valor para o combustível no Brasil estava sendo considerado um dos mais caros do mundo, segundo levantamento da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Minaspetro) informou nesta sexta (20), em nota, que "desde que a Petrobras alterou os critérios de precificação, a falta de previsibilidade do custo do produto tem sido o maior desafio dos empresários revendedores. A importação de gasolina e diesel compõe parte relevante do mercado nacional e, sobretudo o diesel, vem sendo fortemente impactado no preço nas últimas semanas", disse.

Ainda segundo o Minaspetro "é incomum a estatal anunciar reajuste com mais de 24 horas de antecedência, o que o Minaspetro acredita ter sido uma forma interessante de minimizar parte do problema de previsibilidade e evitar incertezas para o mercado como um todo e para o próprio consumidor, no entanto, a falta de clareza na composição de preço da empresa ainda é evidente. É interessante observar que os dois combustíveis levam em conta, basicamente, as mesmas variáveis – preço do dólar e petróleo –, entretanto, o anúncio da empresa oficializou a elevação do diesel e a queda da gasolina".

A nota diz ainda: "neste cenário de instabilidade do preço do petróleo por questões internacionais e mesmo com a atual redução da gasolina A nas refinarias, o etanol tem se mostrado cada dia mais como uma opção atrativa para o consumidor, tendo em vista a estabilidade do preço nas usinas produtoras, o que vem sendo refletido diretamente nas bombas. Em Minas Gerais, o biocombustível já demonstra uma queda de cerca de 12% no preço final em 2023, conforme demonstra pesquisa semanal da ANP. A expertise do Brasil e de Minas Gerais na produção de etanol será fundamental para o futuro e o atual momento de transição da matriz energética, inclusive, com a sinalização do governo do estado que irá valorizar e investir nessa opção de combustível renovável".