Empacando

Para Rodrigo Maia, privatização da Eletrobras está cada vez mais difícil

Presidente da Câmara disse, no entanto, que se governo conseguir pacificar o tema, deputados estão prontos para votar a matéria

Por Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de fevereiro de 2020 | 17:10
 
 
 
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A privatização da Eletrobras poderá ser votada ainda este ano no Congresso Nacional, mas a cada dia que passa se torna mais difícil prever se isso realmente ocorrerá, disse nesta segunda-feira, 10, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

"A cada dia que passa fica mais difícil (fazer a privatização este ano)", disse Maia, ao ser perguntado se poderia ser feita a capitalização da estatal em 2020, com diluição da participação da União, modelo que vem sendo criticado no Senado.

"O senador Eduardo Braga tem algumas ideias, algumas críticas ao atual modelo", informou Maia, que disse porém que o governo vem conversando para chegar a um consenso.

"Se eles (governo e Senado) conseguirem pacificar o tema (da privatização da Eletrobras), estamos prontos para tratar (do assunto, na Câmara)", informou.

Parasita

Mais cedo, Rodrigo Maia criticou o uso de "termos pejorativos" para defender a reforma administrativa. Ele evitou citar o nome do ministro da Economia, Paulo Guedes, que na última sexta-feira comparou os funcionários públicos a "parasitas" que estariam matando o hospedeiro, se referindo aos gastos que o governo tem com o funcionalismo.

O presidente da Câmara dos Deputados disse, no entanto, apoiar a decisão do governo de promover uma reformulação nas carreiras de servidores públicos ainda este ano.

"Todos os serviços públicos tem que ser tratados com  muito respeito e usos de termos pejorativos criam conflitos, mas há uma concentração de renda que a população não concorda mais", disse Maia durante café da manhã na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. "O estado custa muito e serve pouco, estou otimista que vamos mudar isso com reformas", completou.

Desculpas

Paulo Guedes pediu desculpas nesta segunda-feira aos servidores públicos brasileiros pela declaração. Ele afirmou que seu objetivo “jamais foi ofender as pessoas que cumprem seus deveres”.

“Me expressei mal e peço desculpas não só aos meus queridos familiares e amigos mas a todos os exemplares funcionários públicos a quem eu possa descuidadamente ter ofendido”, disse Guedes à agência de notícias Reuters.

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