APÓS APURAÇÃO

Petrobras tira da gerência funcionário envolvido em denúncia sobre CPI

José Eduardo Barrocas é um dos três funcionários que aparecem em vídeo divulgado pelo site da revista Veja no início do mês conversando sobre repasse de perguntas

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 28 de agosto de 2014 | 21:29
 
 
 
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Petrobras confirmou, nesta quinta-feira (28), que tirou da gerência de seu escritório em Brasília o funcionário envolvido em denúncia de repasse prévio, à presidente da empresa e a ex-executivos, de perguntas da CPI que investiga os negócios da companhia.

José Eduardo Barrocas voltou ao Rio no último dia 18, e, na sede da companhia, assumiu cargo de assistente do chefe de gabinete da presidente Graça Foster.

Barrocas é um dos três funcionários que aparecem em vídeo divulgado pelo site da revista "Veja" no início do mês conversando sobre repasse de perguntas da CPI à presidente da empresa e de um "gabarito".

De acordo com reportagem publicada pela revista, Graça, seu antecessor José Sérgio Gabrielli e o ex-diretor da área internacional Nestor Cerveró tiveram acesso antecipado às perguntas elaboradas pelos senadores e foram treinados pela empresa para respondê-las.
A mudança na gerência foi comunicada pelo site do jornal "Estado de S. Paulo".

O chefe de gabinete de Graça, Antonio Augusto Almeida Faria, que passou a chefe de Barrocas, vai acumular interinamente a gerência do escritório em Brasília.

Na época em que "Veja" divulgou o caso, a Petrobras confirmou ter treinado executivos para os depoimentos à CPI, mas com respostas que já estavam na internet, disse a empresa.

A Petrobras não respondeu por que motivo resolveu tirar Barrocas de Brasília nem se se os funcionários Leonan Calderaro e Bruno Ferreira, advogados que conversam com Barrocas no vídeo, saíram do escritório.

A reportagem diz que as perguntas eram elaboradas pelos servidores Paulo Argenta, assessor da Secretaria de Relações Institucionais da presidência, Marcos Rogério de Souza e Carlos Hetzel, que trabalham no bloco de apoio ao governo no Senado. A Secretaria de Relações Institucionais negou, na época, ter elaborado as perguntas.

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