Os preços de alguns itens nos sacolões de Belo Horizonte mais que dobraram nos últimos dois meses, em meio às chuvas que atingiram Minas Gerais e às sucessivas altas dos combustíveis, que repercutem em toda a cadeia produtiva. Abóbora, repolho e cenoura são algumas das opções mais afetadas, mas quase todos os principais itens de hortifruti encareceram desde janeiro, segundo levantamento do site de pesquisa Mercado Mineiro, divulgado nesta segunda-feira (14).

O aumento mais expressivo foi o do quilo do repolho, que antes custava, em média, R$ 2,51, e agora passou para R$ 6,34, variação de 152,4%. O preço da abóbora vem logo atrás, com uma alta de 140%: em janeiro, o quilo custava R$ 2,91, mas passou para R$ 6,99 neste mês. O valor da cenoura não chegou a dobrar, mas aumentou de R$ 5,96 para R$ 10,95. 

Todas as folhas pesquisadas — alface americana, cebolinha, salsinha, couve e acelga — também ficaram mais caras, com altas que beiram R$ 1, no caso da couve, por exemplo, cujo preço saltou 50%, de R$ 1,88 para R$ 2,82. 

“A chuva prejudicou muito as plantações em Minas Gerais, principalmente. Agora, isso está se refletindo no bolso dos consumidores. Podemos ter mais aumentos, porque, com certeza, o aumento do diesel vai dificultar muito o transporte das mercadorias e pressionar ainda mais os preços. Infelizmente, estamos passando por um momento em que não podemos deixar de pesquisar”, enfatiza o administrador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu. 

O consumidor consegue economizar com algumas frutas, em relação a janeiro, mesmo que grande parte delas tenha ficado mais cara. O quilo da banana prata saiu de uma média de R$ 6,84 para R$ 5,16, redução de 24,5%, e o abacate ficou 33% mais barato, passando de R$ 12,20 para R$ 8,17. Por outro lado, o preço do mamão Havaí disparou 72,3% e chega a R$ 10,82. 

Preços podem ser quase cinco vezes mais caros em diferentes sacolões

O Mercado Mineiro avaliou 18 estabelecimentos, entre os dias 9 e 11 de março, período de reajuste dos preços dos combustíveis anunciado pela Petrobras na última semana. O preço de alguns produtos chega a ser quase cinco vezes mais caro em alguns sacolões da capital.

O quilo do quiabo, por exemplo, vai de R$ 3,98, em uma sacolão no bairro Santa Efigênia, na região Leste, a R$ 19,80 em outro estabelecimento no mesmo bairro, diferença de 397,4%. O valor da banana prata varia 166,8% e ela custa de R$ 2,99, no Centro e no bairro Aparecida, na região Noroeste, a R$ 7,98 no Santa Tereza, na região Leste. 

A lista completa de preços e o endereço dos estabelecimentos pesquisador está disponível no site Mercado Mineiro.