Sempre que as contas apertam, a assistente administrativa Pamela Salviano, de 37 anos, sabe que a salsicha pode salvar. “É barato. Dá para fazer um cachorro-quente gostoso e mesmo fritar”, disse a moradora do bairro Vale do Jatobá, na região do Barreiro, em Belo Horizonte.
No entanto, o alimento, que deve ser consumido com moderação, como orienta a Organização Mundial da Saúde (OMS), passou a ser reprovado também no quesito preço. O quilo da salsicha pode chegar a R$ 34,99 em determinadas lojas da capital e da região metropolitana de BH, conforme levantamento sobre os preços das carnes feito pelo site Mercado Mineiro entre 16 e 19 de agosto.
Já menor preço, segundo o site, foi encontrado foi de R$ 8,99 – uma variação de 288,77%, o que deixa clara, mais uma vez, a importância de pesquisar preços entre os concorrentes antes de fechar uma compra. O valor médio cobrado pelo quilo de salsicha é de R$ 12.
Curiosamente, o filé de peito de frango – uma proteína defendida como bem mais benéfica à saúde do que a salsicha – foi encontrada com o preço mais em conta que os do embutido: de R$ 13,95 a R$ 29,90, variando 114%, ainda segundo a mesma pesquisa. O preço médio do corte da ave foi de R$ 22,22.
Carne bovina. Enquanto salsicha e filé de peito de frango “disputam” o gosto e o bolso do freguês, o preço da carne bovina segue nas alturas, o que torna o consumo do item inacessível para a maior parte da população.
Conforme o levantamento, o quilo do corte de vaca mais em conta é o acém, que teve preço entre R$ 24,99 e R$ 42 – 68% de variação. Já a carne mais cara é a picanha, que custa de R$ 49,90 a R$ 189 o quilo – variação de 278,76%. O preço médio foi de R$ 67,31.
Luz no fim do túnel
Em agosto, com a diminuição de preços de combustíveis e alguns vegetais, houve queda de 0,73% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a inflação. Entre os alimentos que mais baratearam, estão abobrinha (-17,8%), tomate (-15%), morango (-14,1%) e batata-inglesa (-13,3%). O levantamento foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).