A taxa básica de juros do Brasil deve subir para 12,75%, avaliam fontes entrevistadas por agências de notícia. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) será anunciada nesta quarta-feira (4) e esta será a décima alta consecutiva da taxa Selic para conter a inflação galopante desde o início de 2021.
Se o valor se confirmar, essa será a maior Selic em cinco anos - em fevereiro de 2017, estava em 13%. Além da inflação acima de dois dígitos, o Banco Central vai levar em conta o anúncio do Sistema de Reserva Federal (FED) dos Estados Unidos, que deve aumentar a taxa de juros no país para conter a inflação histórica. A reunião acontece também nesta quarta-feira e a expectativa é de aumento dos juros em 0,25 pontos percentuais. A Guerra na Ucrânia e os lockdowns na China também podem influenciar na decisão do comitê.
Na última semana, o mercado elevou a expectativa de alta dos preços ao consumidor até o final deste ano para 7,89%, contra 6,97% um mês atrás, cada vez mais distante do teto da meta de 5% do Banco Central.
A grande questão é que a alta da taxa de juros contribui para a entrada de capitais no Brasil, mas não tem sido suficiente para barrar a inflação. A inflação dos últimos 12 meses, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), é de 11,30%, a maior desde outubro de 2003.
(Com AFP)