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Viver em BH fica 6,9% mais caro

Inflação na capital supera teto da meta com disparada de preços de serviços públicos e alimentos

Por LUDMILLA PIZARRO
Publicado em 06 de janeiro de 2015 | 11:25
 
 
 
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O custo de vida em Belo Horizonte ficou bem mais caro em 2014. A inflação teve alta de 6,91% na capital e ultrapassou o teto da meta inflacionária do Banco Central que é de 6,5%. O índice foi medido pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contáveis da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (Ipead/UFMG). É a maior inflação registrada na cidade desde 2011, quando o índice foi de 7,22%. Em comparação a novembro, a inflação de dezembro subiu 0,59%.


Para o coordenador interino do Ipead, Eduardo Antunes, o aumento das tarifas públicas e a alta do dólar a partir de agosto do ano passado – que acarretou um aumento significativo nos preços do turismo e do lazer – foram os principais motivos para a alta da inflação. Antunes acredita que o índice do país, que será divulgada pelo IBGE nos próximos dias, vai acompanhar a realidade de capital mineira e estourar o teto da meta. “É muito difícil que a inflação no país se mantenha abaixo do teto da meta, porém deve ficar próximo”.

Para o primeiro mês de 2015, o coordenador também prevê uma inflação ainda maior. “Além das tarifas que já sobem no início do ano, teremos em 2015 a bandeira tarifária, que vai variar o custo da energia elétrica mês a mês. Isso vai impactar na inflação”, afirma.

A participação dos produtos não alimentares na inflação da capital mineira em 2014 ficou em 84,8%. Entre eles, a maior contribuição veio das excursões, viagens e pacotes de turismo. Carro novo, empregado doméstico, energia elétrica e IPTU são os itens seguintes entre aqueles que mais contribuíram para a inflação de 2014. Por outro lado, pacotes de telefonia e internet, acesso à internet, vestidos, computadores e televisores foram, consecutivamente, os produtos que mais puxaram o índice inflacionário para baixo.

Entre os produtos de alimentação, que representaram apenas 15,2% do total, a refeição fora de casa foi a que mais subiu, seguida pelo lanche, o pão francês, o refrigerante em supermercados, a alcatra e a cerveja comprada em supermercados. Entre os produto que menos subiram no acumulado do ano foram massa pronta para viagem, feijão carioquinha, óleo de soja e margarina.

Consumo
Vestuário.
Pesquisa do Ipead/UFMG mostra que entre os produtos que homens e mulheres pretendem adquirir, vestuário e calçados lideram a lista e são seguidos por móveis.

Atualizada às 22:20

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