BRASÍLIA — O apoio dos antagônicos PT e PL reunidos em uma coligação inédita nas capitais nesta eleição não foi suficiente para eleger o candidato do PSB à Prefeitura de São Luís, no Maranhão. Preferido por apenas 22,88% dos eleitores, o deputado federal Duarte Jr. saiu derrotado das urnas neste domingo (6) diante da reeleição do atual prefeito Eduardo Braide, do PSD, que recebeu 69,53% dos votos — com 81,5% das urnas apuradas às 18h30. 

Herdeiro político de Flávio Dino, que governou o Maranhão e hoje é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Duarte Jr. alcançou um feito improvável nesta eleição ao agregar em uma coligação 11 partidos além do próprio PSB. 

As siglas vão de um espectro político a outro: os citados PT e PL e PCdoB, PV, PSDB, Cidadania, Avante, PRD, Podemos, PP e União Brasil. O adversário Eduardo Braide costurou alianças com apenas dois partidos, fora o dele próprio: Republicanos e MDB.

A força da coligação de Duarte Jr. não se reverteu em votos. O capital político de Flávio Dino e o tempo de televisão — o dobro de Eduardo Braide — também não. Não fizeram diferença os apoios do governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), do vice-governador Felipe Camarão (PT) e da senadora Eliziane Gama (PSD). 

As peças publicitárias citando a relação do nome do PSB com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) igualmente não serviram para levá-lo a um segundo turno e à vitória na corrida pela Prefeitura de São Luís.

Se a presença dos partidos mais próximos ao PSB e de correligionários foi bastante lembrada pela equipe de campanha de Duarte Jr., a participação do PL na coligação não teve ênfase. Nos perfis do candidato nas redes sociais, o partido presidido por Valdemar Costa Neto é citado apenas quando é necessário pôr todas as siglas que compõem essa coligação.

A opção do PL do Maranhão em integrar a chapa com o PT em São Luís condiz com uma posição do partido, que também se uniu à sigla de Lula em outros 21 municípios maranhenses. Essa decisão, entretanto, ignora uma orientação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que proibiu alianças com partidos de esquerda.

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