A Guarda Municipal pode se tornar Polícia em Belo Horizonte com os agentes 100% armados a partir de 2025, caso o candidato a prefeito Gabriel Azevedo (MDB) vença as eleições de outubro. Em agenda com agentes da reserva das forças de segurança na tarde desta quarta-feira (21 de agosto), o presidente da Câmara Municipal falou sobre a proposta. 

Atualmente, inclusive, tramita na Câmara Municipal de BH um projeto de lei que altera o status da Guarda Municipal. A proposta é do vereador Cleiton Xavier, também filiado ao MDB, e foi aprovada em primeiro turno na última semana. Gabriel não votou, por ser o presidente da Casa.

Entretanto, mostrou-se favorável ao texto. “Na minha visão, o prefeito tem que chefiar uma polícia municipal. Como alguém que leciona direito constitucional e compreende o federalismo, os modelos originais, como nos Estados Unidos da América, conferem a um prefeito o poder de lidar com a segurança pública de maneira mais veemente. Isso envolve coordenar uma polícia local, que tenha um centro de treinamento, sobretudo, no sentido de evitar uma série de adoecimentos e de problemas que nossos integrantes de corporação estão vivenciando por não ter um treinamento adequado”, argumentou Gabriel. 

A criação de um novo centro de treinamento, com foco na saúde mental, foi solicitada por representantes da Guarda Municipal durante reunião com Gabriel nesta semana. O candidato afirmou que as mudanças podem preparar melhor os agentes para atuar nas ruas e equipamentos públicos da capital. 

“Alguém que está garantindo a segurança pública da cidade em um ônibus, em uma escola, um hospital, não pode ser pego de surpresa. Eu dependo de sim de 100% de armamento da nossa força local e treinamento específico”, complementou o candidato. 

Azevedo afirmou que a proposta pensada por ele não terá “sobreposição” à atuação da Polícia Militar. “O prefeito tem que ser o chefe unícono da futura Polícia Municipal de Belo Horizonte e entender que o diálogo da prefeitura, com o governo do Estado, tem que ser permanente para garantir segurança. Não se sabe qual foi a última vez que o prefeito se encontrou com o governador do Estado para falar do assunto, quando foi que se encontrou com o chefe de policiamento da capital”, exemplificou.

Para Azevedo, a integração de dados da Guarda com a Polícia Militar pode ajudar a aumentar o policiamento nos bairros. “Está faltando polícia e integração nos dados com o Centro de Operações da Prefeitura (COP-BH) e isso, é claro, vai gerando insegurança”, arrematou o vereador.

Agenda

Gabriel Azevedo esteve com o candidato a vice na chapa, Paulo Brant (PSB), na Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais para apresentar as propostas de segurança e responder questionamentos dos agentes de segurança que hoje estão na reserva. 

À noite, ele participa do lançamento da campanha a vereador de Juninho do IAPI (PSB).