Em agendas neste sábado (24 de agosto), o vereador e candidato do MDB à Prefeitura de Belo Horizonte Gabriel Azevedo distribuiu materiais de campanha no aglomerado da Serra, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Esta foi a primeira vez que o presidente da Câmara Municipal visitou um aglomerado desde o início da campanha, no dia 16 de agosto. 

Ele aproveitou a agenda para criticar as alianças costuradas e o passado dos adversários que concorrem nas eleições deste ano. No aglomerado da Serra, Azevedo distribuiu materiais de campanha e conversou com os moradores da região. No bate-papo, o presidente da Câmara Municipal disse aos correligionários que o ex-prefeito Alexandre Kalil (sem partido), hoje ao lado de Mauro Tramonte (Republicanos) na campanha, foi o responsável pelas quedas das notas da capital no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Gabriel ainda criticou as quatro mudanças no comando da Secretaria Municipal de Educação desde que o prefeito e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD), assumiu a PBH em 2022. Por fim, o vereador lembrou o impasse para definição de quem seria candidata a vice na chapa de Carlos Viana (Podemos). 

Nesta sexta-feira, Viana e a deputada estadual e presidente do partido em Minas, Nely Aquino, confirmaram o nome de Renata Rosa na chapa, após semanas de embate e troca de farpas. “Este aí não conseguiu nem mesmo ter autonomia para escolher sua vice. O partido empurrou goela abaixo uma pessoa que tem relação com a presidente do Podemos em Minas. Como é que vai garantir que vai atuar com autonomia e não vai fatiar a prefeitura, como Fuad fez?”, criticou Gabriel.

O candidato do MDB criticou também Rogério Correia (PT), indicando que o partido teria tido influência na Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania durante o governo de Alexandre Kalil. No período, a pasta esteve sob o comando de Maíra Colares, que deixou a prefeitura em novembro de 2022, já tendo Fuad como prefeito.

“E o que vemos nos últimos oito anos, enquanto o partido estava à frente da assistência social? Um aumento no número de moradores de rua de mais de 200%. Isso segundo a própria prefeitura. Porque os números de verdade ninguém conhece”, complementou Azevedo que também lembrou o fato de o vereador Bruno Miranda (PDT) ser o líder de Fuad na Câmara, enquanto o partido tem Duda Salabert como candidata à PBH.

Questionado sobre as recorrentes críticas de Gabriel, Alexandre Kalil disse, neste sábado, “ninguém escuta o que ele fala”. A campanha de Fuad Noman afirmou que não vai se pronunciar. Já Duda Salabert rebateu o ex-companheiro de Câmara Municipal.

“Quem é o Gabriel? Pode ser que seja algum eleitor meu. Eu tenho total apoio do PDT, e estamos ampliando o apoio entre as pessoas. Sobre o Bruno estar na liderança, só mostra que temos quadros qualificados. O Bruno é meu amigo, pergunte a ele quem fará o melhor trabalho por Belo Horizonte", disse a candidata. 

Carlos Viana rebateu as críticas e chamou Gabriel Azevedo de "estudante manhoso e birrento". A reportagem também procurou a assessoria de Rogério Correia e aguarda posicionamento. 

Passe livre 

Durante a agenda na Serra, Gabriel Azevedo também lembrou a gratuidade nas passagens de ônibus que circulam nas vilas e favelas da capital. "Tem outras gratuidades que estão na lei e só não estão funcionando direito por falta de vontade do atual prefeito”, disse ao citar o benefício previsto na Lei 11.538/23 às mulheres vítimas de violência, pacientes com câncer em tratamento no SUS, estudantes da rede municipal e pessoas que procuram emprego procura de emprego. 

Acompanhado do candidato a vereador Gilson Guimarães (PSB), ele prometeu que, se eleito, vai criar um programa de assistência profissional e material para reformas de casas em vilas e favelas, em parceria com a construção civil. “Quem vive em condições inadequadas, não está protegido o suficiente e não consegue manter uma vida com saúde. Todos merecem um teto digno para morar”, acrescentou. 

Além da ida à Serra, Gabriel e Brant também fizeram uma caminhada no bairro Etelvina Carneiro, na região Norte da capital.