O senador licenciado Carlos Viana (Podemos) criticou, durante agenda de campanha à prefeitura de Belo Horizonte, a gestão do aeroporto da Pampulha. O candidato ainda defendeu que o Tribunal de Contas da União (TCU) realize uma nova licitação para selecionar outra empresa para gerir o terminal ou devolvê-lo à Infraero. Atualmente, o Pampulha é administrado pelo Grupo CCR.
Viana criticou o fechamento do aeroporto, no último domingo, para realização de uma corrida. Ele, inclusive, tratou do assunto com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante reunião em Brasília. “É um absurdo o aeroporto da Pampulha estar fechado no domingo para uma corrida, é um desrespeito completo a quem tem aviões ali e à cidade de Belo Horizonte. Pampulha foi entregue (à empresa) para se transformar num hub, num centro regional de atendimento, Belo Horizonte, Governador Valadares, e a empresa que ganhou, que é a mesma de Confins, simplesmente fechou o aeroporto e hoje nos deixou numa situação muito difícil”, disse Viana durante agenda nesta quarta-feira.
Ao ministro, Carlos Viana pediu uma intervenção da pasta para que novos voos comecem a ser operados na Pampulha. “Ou que o aeroporto seja devolvido a uma nova licitação até mesmo à Infraero. Essa é a minha luta para que a gente tenha o Pampulha de volta à Belo Horizonte, que é uma fonte de renda importante para a cidade”, complementou Viana.
Pedido antigo
Em 2023, Viana, durante o mandato de senador, pediu ao TCU a devolução do aeroporto da Pampulha à Infraero. Ele entrou com representação no órgão em junho com o pedido. O Aeroporto da Pampulha foi leiloado,em 2022, por R$ 34 milhões. O lance foi dado pelo Grupo CCR, que ofereceu um ágio de 245,29% em relação ao valor previsto em edital, fixado em R$ 9,8 milhões.
Na representação, Viana destacou que a concessão apresenta desvio de finalidade, além de apontar descumprimento dos prazos pela empresa. Viana também pontuou a não realização de voos comerciais para aeroportos regionais no interior, conforme acordado na licitação.
Em nota, a CCR Aeroportos afirmou que, "ao longo dos últimos cinco anos, a operação do Aeroporto da Pampulha foi predominantemente voltada para a Aviação Geral".
"É importante esclarecer que a empresa está trabalhando de acordo com o contrato de concessão firmado com o Governo do Estado de Minas Gerais, que não estabelece a obrigatoriedade de operações comerciais", pontuou a empresa.
Leia a nota completa
"A CCR Aeroportos destaca que, ao longo dos últimos cinco anos, a operação do Aeroporto da Pampulha foi predominantemente voltada para a Aviação Geral. É importante esclarecer que a empresa está trabalhando de acordo com o contrato de concessão firmado com o Governo do Estado de Minas Gerais, que não estabelece a obrigatoriedade de operações comerciais. Desde 2022, quando assumiu a gestão do Aeroporto da Pampulha, a empresa vem aprimorando a eficiência operacional do aeródromo. Um exemplo disso é o aumento do número de pousos e decolagens, mesmo com a redução do horário de funcionamento da pista. Além disso, a concessionária está investindo R$ 40 milhões na implantação de um sistema de drenagem que beneficiará tanto as operações do aeroporto quanto o escoamento de águas pluviais em boa parte do bairro, ajudando a solucionar um problema histórico e a aumentar a resiliência climática de Belo Horizonte."