Candidato do PL à Prefeitura de Belo Horizonte, Bruno Engler se irritou com a pergunta feita por Rogério Correia (PT) durante o debate realizado por O TEMPO nesta segunda-feira (30 de setembro). O petista fez diversos questionamentos para o adversário sobre seus apoios políticos, e ainda afirmou que Engler, que é deputado estadual, teria faltado a diversas reuniões da Assembleia Legislativa de Minas Gerais em seis anos de mandato. Como resposta, Engler afirmou que Rogério estava mentindo e atacou o partido do concorrente.
“Petista é assim: quando não está roubando, está mentindo; quando não está mentindo, está roubando. A gente ouviu aqui uma série de mentiras. Vamos começar pela verdade. Não sei de onde o Rogério tirou esses números, tirou da cabeça dele, estava usando alguma substância. Eu sou um deputado ativo, tenho mais de 70 projetos de lei aprovados, e são importantes. Tenho leis que tratam da nossa segurança pública”.
Rogério havia questionado Engler, ainda, sobre seu posicionamento quanto ao pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Morais, já que Engler participou da manifestação na Praça da Liberdade nesse domingo (29 de setembro). O deputado afirmou que é, sim, a favor do impeachment: “É preciso coragem para se posicionar. É um tema importante para BH, porque diz respeito à nossa liberdade, democracia, liberdade de expressão. E fui, sim, à Praça da Liberdade para me manifestar”.
Quanto ao questionamento de Rogério sobre seu suposto “negacionismo científico”, Engler atacou o adversário: “Eu tenho trabalho para mostrar, não tenho que me envergonhar e ficar igual a você, que parece disco arranhado falando de golpe. Você reclama tanto do presidente Bolsonaro na pandemia, que comprou todas as vacinas da Covid assim que foram disponibilizadas, mas não fala do presidente Lula, que se negou a comprar as vacinas da dengue do Japão, aprovadas pela Anvisa. Comprou mixaria e ninguém teve acesso a essa vacina ainda”.
Em sua réplica, Rogério Correia afirmou que Bruno não respondeu sobre as urnas eletrônicas e voltou a questionar se o adversário, que é afilhado político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acredita que Lula foi eleito democraticamente: “Ele não respondeu, fez ofensas, não deve ter tomado cloroquina, deve ser essa substância química que está falando. Quando não toma, vem nervoso para cá sem substância química. [...], mas, não respondeu também se acredita na urna eletrônica ou se é como o Bolsonaro, que quer urna de papel. Não respondeu sobre seus projetos de cloroquina e a pergunta sobre o processo democrático. Só enrolou”.
Bruno Engler, em sua tréplica, voltou a atacar Rogério Correia, o chamando de mentiroso, e disse que gostaria de discutir propostas sobre BH. “Estamos querendo falar dos problemas de BH e você parecendo um disco arranhado querendo falar do presidente Bolsonaro, querendo falar de dúvida sobre o sistema eleitoral. Eu quero falar sobre BH, mas você não quer debater isso porque não tem solução nenhuma. Porque representa o que há de pior na política nacional, o projeto do PT, do roubo, do conchavo, da corrupção”.
O deputado federal Rogério Correia pediu direito de resposta, mas foi negado pela comissão técnica de O TEMPO que avaliou que o candidato teve a oportunidade de se defender durante o tempo de réplica, mas não o fez.