BRASÍLIA - Derrotado neste domingo (27) pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) na eleição para a Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol) foi o candidato com a campanha mais cara do país das eleições municipais deste ano. Ao todo, ele recebeu R$ 81,2 milhões em recursos e gastou, segundo o portal da Justiça Eleitoral, R$ 57,2 milhões.

Do total arrecadado, 98,15% correspondem às doações dos PT e do Psol. O restante, pouco mais de R$ 1 milhão, advém de doações diretas de pessoas físicas e financiamento coletivo.

O Diretório Nacional do PT doou, durante os dois turnos, R$ 44,2 milhões para a campanha de Boulos. Já o Psol, partido do deputado, repassou R$ 36 milhões para a candidatura, sendo R$ 35 milhões só no primeiro turno.

Até este domingo, dos R$ 57,2 milhões gastos pelo candidato, principal despesa, R$ 8,8 milhões, vem do impulsionamento de conteúdos no Instagram e no Facebook; outros R$ 6,9 milhões foram para a agência de publicidade Janela Comunicação, enquanto cerca de R$ 12,5 milhões foram pagos a gráficas para confeccionar peças como bandeiras, faixas, cartazes, santinhos, adesivos, panfletos, flyers e placas.

Apesar do alto valor gasto, essa foi a sua segunda derrota seguida na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Em 2020, Boulos gastou R$ 7,5 milhões de reais e teve 40,62% dos votos. Já neste ano, gastando R$ 50 milhões a mais, obteve apenas 0,03 ponto percentual a mais do que no pleito anterior.

Há quatro anos, Boulos foi derrotado por Bruno Covas (PSDB), que faleceu em 2021, deixando a prefeitura sob o comando de seu vice, Ricardo Nunes. Neste domingo, o emedebista conquistou 59,35% dos votos da capital paulista, um resultado quase idêntico aos 59,38% obtidos por Covas na eleição anterior.