BRASÍLIA - O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) negou, nesta quarta-feira (21), um pedido para suspender a homologação da candidatura de Pablo Marçal (PRTB) à prefeitura da capital paulista.

O pedido partiu de uma representação da candidata Tabata Amaral (PSB), que acusa o adversário de cometer abuso de poder econômico no processo eleitoral. O Ministério Público Eleitoral (MPE) se manifestou a favor da suspensão.

O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, decidiu que acolher o requerimento com a urgência pretendida pela campanha de Tabata poderia “gerar a ausência do nome do candidato na urna eletrônica, o que poderá acarretar perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão, nulidade das eleições para prefeito e realização de novas eleições”.

“Desse modo, desrespeitar o rito do registro de candidatura previsto na legislação supramencionada violaria o princípio do devido processo legal previsto na Constituição”, diz a decisão.

Pablo Marçal é acusado de remunerar um “exército de influenciadores” para compartilharem trechos de vídeos gravados por ele nas redes sociais. Nas peças, Marçal direciona ataques a outros oponentes, como o prefeito Ricardo Nunes (MDB), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e a própria Tabata.

A representação conta com gravações em que ele pede os seguidores a fazerem um cadastro em um aplicativo de cortes de vídeos e promete pagar aqueles que tiverem o maior número de visualizações ao compartilhar os conteúdos.

De acordo com o MPE, o abuso de poder econômico se configura "em face do financiamento não declarado de campanha", "fato que compromete sistematicamente as contas a serem analisadas".