A candidata à Prefeitura de Belo Horizonte pelo PDT, Duda Salabert, almoçou em um restaurante diferente da capital desde o início de suas ações de rua, como parte de sua estratégia de campanha. Uma de suas bandeiras é a da valorização da “economia criativa” e gastronomia da cidade.
Nesta quinta-feira (22 de agosto), ela foi até o Edifício Maletta, situado no cruzamento entre a Avenida Augusto de Lima e a Rua da Bahia, no centro de BH. O edifício é um dos ícones da capital e abriga tanto bares e restaurantes quanto sebos, barbearias e lojas de informática em seu hall de entrada, além de apartamentos residenciais.
Segundo a candidata, a escolha do Maletta foi por razão “afetiva” e “pessoal”, já que dez anos atrás o local foi selecionado por ela para abrigar um projeto social que oferecia educação gratuita a travestis e transexuais.
Já a escolha do restaurante se deve à sua oferta de opções veganas. “A culinária mineira contempla o vegetarianismo e o veganismo. O arroz, o feijão, a batata, o angu e o quiabinho, o molho de tomate e uma salada é a melhor comida que tem”, disse Duda, que é vegana há 11 anos.
O “Feijão”, inaugurado em 2012, é gerido por um casal que é proprietário e trabalha no local durante o dia.
Foco no empreendedorismo gastronômico
Na segunda-feira (19 de agosto), Duda almoçou no Quintal do Degas, localizado em uma casa no bairro Lagoinha, na região Noroeste de BH. Na terça (20 de agosto), no Mané Doido, restaurante no Mercado Central, no centro da capital. Na quarta (21 de agosto), foi até o Adri Restaurante, um pequeno estabelecimento no bairro Tupi, da regional Norte.
No Tupi, Duda justificou a escolha do local: “é um restaurante que está totalmente alinhado com o projeto econômico que a gente quer pra cidade. Que valorize a economia criativa, que valorize os bares e restaurantes”, disse.
“Aqui está o melhor da culinária de Belo Horizonte. O que a gente mais gosta é esse self-service familiar que tem o tempero da família, que tem o tempero da mineiridade, e é esses espaços que têm que ser valorizados e potencializados pela prefeitura”, acrescentou.
A candidata ainda destacou o número de empregos gerados pelos bares na capital e prometeu “diálogo direto” sobretudo com os pequenos estabelecimentos.
Ela ainda criticou “a burocracia que há na prefeitura” que, segundo ela, faz com que “espaços como esses em Belo Horizonte rodem no vermelho em alguns períodos dos meses” ou até fechem.
“Os pequenos restaurantes são os que mais precisam do poder público no que se refere à desburocratização”, completou.
No seu Programa de Governo, ela diz que quer “dialogar com o setor de restaurantes e bares, bem como com o de comércios e serviços de hotelaria, e outros, para que criar e realizar eventos em geral para fomentar estes setores durante alguns períodos do ano”.
No primeiro debate dos candidatos à Prefeitura de BH, organizado pela Band no dia 8 de agosto, ela citou sua intenção de valorizar o “turismo gastronômico” e os bares e restaurantes da cidade, além de colocar a culinária de Belo Horizonte no cenário internacional.
Na quinta-feira (22), disse que “se eleita prefeita vai ter fila de estrangeiros para experimentar o pastel da Galeria do Ouvidor”. “Nós temos um objetivo claro: o protagonismo da nossa campanha é internacionalizar os nossos bares e restaurantes”.
Agenda da tarde
Os compromissos no resto do dia da candidata se alinharam com o tema da semana. De tarde, se reuniu com Gustavo Ziller, e depois passeou no Mercado Novo com Rafael Quick, duas pessoas que classificou como “profundos conhecedores do turismo gastronômico e da economia criativa”.
Ela disse que o encontro com os dois empreendedores também tinha o objetivo de fazer ponte com outro enfoque da campanha: potencializar os cervejeiros e as cervejas artesanais da cidade.
Almoço garantido
Segundo a candidata, esta primeira semana foi voltada para a organização da campanha “e apresentar para a cidade essa preocupação que nós temos com o turismo gastronômico”, além de organizar vídeos e a estrutura no comitê.
“Agora, na próxima semana, nós vamos aprofundar em outros temas que são caros para nós, sobretudo ligados à educação e à questão ambiental”, mas acrescentou: “porém, todo dia vou ter que almoçar. O restaurante mantém até o fim da campanha, se Deus quiser”.