A deputada federal e candidata à Prefeitura de Belo Horizonte, Duda Salabert (PDT), visitou o quilombo Manzo Ngunzo Kaiango, localizado na região Leste da cidade, nesta terça-feira (27). Acompanhada pelo seu vice, Francisco Foureaux (PDT), e pelo candidato a vereador Felipe Gomes, também do PDT, Duda destacou o papel crucial da participação de diferentes grupos na sua candidatura.

Duda enfatizou a importância de um esforço coletivo para alcançar a vitória política e disse que não há “construção coletiva sem os umbandistas e a juventude negra estarem participando”.

A candidata foi recebida pela quilombola Juhlia Santos, que concorre a uma vaga na Câmara Municipal de BH pela federação PSOL REDE, e pela liderança do quilombo, Makota Cássia Kidoialê. A conversa girou em torno das questões relacionadas à mineração na Serra do Curral e das demandas específicas do espaço.

Em maio, o quilombo havia ocupado um terreno próximo à Serra, mas acabou sendo pressionado a sair da área.

Compromissos

Na visita, Duda destacou o compromisso com a defesa da Serra do Curral e o apoio às comunidades tradicionais, uma de suas principais pautas na vida política e na sua candidatura à prefeita. 

Em seu Programa de Governo, diz que “as comunidades tradicionais estão
entre as populações mais afetadas pelo racismo ambiental, sendo historicamente alvo de desterritorialização forçada, e hoje em dia sendo frequentemente vitimadas por crimes de ecocídio”.

À imprensa, Duda falou sobre os compromissos firmados. “Quanto mais a prefeitura puder dialogar com as comunidades tradicionais, mais saudáveis vão estar as relações em Belo Horizonte. E assumimos também o compromisso na escola, de fortalecer o combate ao racismo religioso e ao racismo estrutural que pavimentou a história de Belo Horizonte”, disse.

Ao final da agenda, Duda Salabert visitou o terreno anteriormente ocupado pelo quilombo, localizado no bairro Fazendinha, também na região Leste da capital. Junto com a candidata do PSOL, Juhlia Santos, plantou um ipê. Originalmente, a intenção era plantar uma baobá, uma árvore sagrada para algumas culturas africanas, mas a decisão foi alterada devido ao risco de queimadas na região.