BRASÍLIA - O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, José Luiz Datena, contou que seu adversário Pablo Marçal (PRTB) o convidou para “tomar um café” no sábado (14), véspera do debate da TV Cultura, onde o tucano deu uma cadeirada no ex-coach.
Na transmissão na noite de domingo (15), Datena deixou sua bancada e agrediu fisicamente Marçal com a cadeira em que usava como apoio, no auge da escalada de ofensas entre os dois.
O candidato do PSDB disse que não pôde se conter quando Marçal citou uma suposta denúncia de assédio contra ele, caso que disse ter sido arquivado pela Justiça por falta de provas, mas atingiu sua família a ponto de contribuir com a morte de sua sogra.
"Ninguém suporta isso”, disse, em referência ao que chamou de “acusação mentirosa”. “Ela [sogra] teve três AVCs e morreu, muito por conta disso. E agora eu achei que devia uma satisfação a ela por ter sido acusado por um canalha desse que ontem mesmo me convidou para tomar um café. E eu me recusei a tomar um café com ele”, disse sobre Marçal.
Questionado se havia algum arrependimento em ter dado uma cadeirada no ex-coach, o apresentador de TV respondeu: “Claro que não”. O candidato falou em entrevista à TV Cultura, depois de ter sido expulso do debate pela agressão.
A escalada entre os dois candidatos começou após o ex-coach citar uma denúncia de assédio e perguntar a Datena quando o adversário iria parar com a “palhaçada” e desistir da candidatura. Em resposta, o candidato do PSDB chamou Marçal de “bandidinho”.
Ocupando o tempo de réplica, Marçal continuou as ofensas. Em seguida, a situação escalou e Datena saiu de sua bancada com a cadeira em punho e acertou seu adversário. Marçal foi levado a um hospital e registrou um boletim de ocorrência contra Datena.
Esta não foi a primeira ocasião de troca de ofensas entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo. Em debate da TV Gazeta junto ao canal My News em 1º de setembro, Datena chegou a sair de sua bancada e ir em direção a Marçal, ato proibido pelas regras definidas entre as equipes dos candidatos. Ele não chegou a qualquer atitude física e usou direito de resposta.