Durante sabatina na FM O TEMPO 91,7 nesta quarta-feira (18 de setembro), o vice-prefeito de Contagem, Ricardo Faria (PSD), falou sobre as dificuldades na área da saúde na cidade. Ele, que compõe a chapa com Marília Campos (PT), pediu mais investimentos dos governos estadual e federal para conseguir ajudar na correção de alguns gargalos no município.
Em relação ao Corujão da Saúde, programa que realiza cirurgias em períodos noturnos, Faria considerou que não seria “uma boa saída” porque Contagem não tem essa demanda. A proposta seria aumentar os convênios com a rede particular da cidade. “Precisamos de recurso, de avançar, sensibilizar o governo do estado, governo federal, a aportar mais recurso para avançar nisso. Quando a gente assumiu, tinha investimento de R$ 630 milhões em saúde, hoje tem R$ 1 bilhão. A obrigação constitucional de investimento na saúde é 15% da receita, mas a gente investe 31% do tesouro. O financiamento da saúde é tripartite, estamos investindo o dobro do que deveria, tem que aumentar a transferência do governo do Estado e federal. A gente busca na liderança da Marília que possa aprimorar o diálogo e sensibilizar o governo estadual e federal para ter mais aporte aqui”, declarou. O vice-prefeito pontuou que no momento não existe atraso de repasses, mas que a expectativa é de receber mais recursos.
Ricardo Faria avaliou que a cidade ainda precisa “avançar” na área da saúde em alguns pontos, principalmente nas consultas especializadas e nas cirurgias eletivas. “São gargalos, desafios postos e que precisamos avançar. Um compromisso que temos feito com a população para que a gente possa ter mais quatro anos para avançar nesses gargalos”, considerou.
O candidato pontuou que quando Marília assumiu o governo, a cidade tinha 146 postos de saúde, sendo que em 50 deles a equipe médica era incompleta. Ele lembrou que agora são 179 unidades de saúde com equipe completa e com o piso salarial pago aos enfermeiros.
Ricardo Faria citou que os pacientes “verdes” que chegam às UPAs, ou seja, aqueles de menor gravidade, são atendidos por teleconsulta, tecnologia que também pode ser usada nas consultas especializadas como forma de diminuir a fila e o tempo de espera. Sobre a espera para as cirurgias, o candidato considera que ainda há o impacto de demanda reprimida do período de pandemia, já que leitos foram utilizados para os pacientes de Covid-19 e os procedimentos foram suspensos.