O candidato a prefeito de Belo Horizonte pelo Podemos, Carlos Viana, detalhou nesta segunda-feira (23 de setembro) algumas obras de mobilidade que pretende realizar, caso vença as eleições para o Executivo municipal. Entre as intervenções, o senador licenciado citou duas trincheiras: uma na Savassi e uma no bairro Padre Eustáquio. 

Viana falou sobre os projetos durante reunião com representantes do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) e Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de Minas Gerais (Sicepot-MG). A fala ocorreu durante a apresentação de propostas sobre o novo Plano Diretor da capital, algo desejado pelo candidato. 

“Um bom exemplo é a construção de uma trincheira ali na região da Savassi, na Cristóvão Colombo com avenidas do Contorno e Nossa Senhora do Carmos. A ideia é fazermos ali a liberação completa daquela área de frente ao shopping, juntá-la com a Savassi num grande boulevard em que as pessoas tenham um local para andar, caminhar. Onde a cidade possa fazer festas, onde a área cultural tenha um espaço novo em uma região que é nobre”, detalhou Viana. 

Outro exemplo apresentado por Viana foi na Praça São Vicente, na divisa dos bairros Padre Eustáquio e Alípio de Melo, na região Noroeste da capital. “Alí nós temos um gargalo absurdo. Precisamos de uma nova trincheira ali para que a gente possa dar mais acesso àquela região da cidade”, defendeu o candidato. Segundo Viana, em um eventual governo, a prefeitura vai realizar obras em que há construção de novos empreendimentos habitacionais. 

Ele citou como exemplo as regiões do Barreiro e Venda Nova e destacou as dificuldades com mobilidade nos bairros. “As pessoas são despejadas lá e ficam isoladas do centro de Belo Horizonte. Quem sai de Venda Nova hoje gasta uma hora e meia de carro para chegar até o centro de Belo Horizonte. Nós precisamos de novas rotas, especialmente para a saída do aeroporto. A cidade precisa criar vias independentes de trânsito no centro”, sugeriu Viana.

As intervenções, entretanto, não seriam pagas com o caixa da prefeitura, mas sim por empresas da construção civil, como contrapartidas aos projetos imobiliários, conforme mostrou O TEMPO na semana passada

Bairros esvaziados 

Outro problema a ser atacado segundo Carlos Viana é o esvaziamento de alguns bairros em Belo Horizonte. A situação, na avaliação do candidato, é resultado da falta de incentivo que o atual Plano Diretor da capital confere ao setor de construção civil.

“Veja a Barroca, os quarteirões da Avenida Amazonas estão mortos. Veja o Prado, o Barro Preto. O que virou o Barro Preto e o Centro de Belo Horizonte hoje? Uma cidade que não se renova é uma cidade que morre e é o que está acontecendo com Belo Horizonte. Vários dos nossos bairros estão morrendo porque a unidade final hoje fica muito mais cara do que o preço de mercado”, disparou Viana. 

Ele defende que, com um novo Plano Diretor, a prefeitura facilite a expansão do mercado imobiliário na capital. Ele defende que o novo normativo apresente um novo coeficiente construtivo aumentando a área que pode ser ocupada por construções em um terreno, além de mudanças na outorga onerosa. 

“Belo Horizonte trata a construção civil, aqueles que querem empreender, especialmente na construção de novos prédios, como inimigos da cidade. Alguém um dia entendeu que construir prédios pode ser ruim para uma cidade”, complementou o candidato. 

Eleições 2024 

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