BRASÍLIA - Após ter sido expulso do debate do Flow entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, nesta segunda-feira (24), Pablo Marçal (PRTB) manteve o tom agressivo que marcou o final do embate.
O debate foi finalizado com empurra-empurra entre auxiliares e seguranças e um soco do assessor de Marçal, Nahuel Medina, no marqueteiro Duda Lima, que trabalha na campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Medina foi detido após o episódio.
"Nós vamos entrar numa guerra e se não tiver revolta do povo não vai ter como resolver isso nessa cidade", disse Marçal.
O candidato defendeu o assessor que agrediu o marqueteiro de Nunes, afirmando que a agressão “começou” com Duda Lima. “Ele avançou, agrediu o integrante da minha equipe. E ele, na reação, acabou desferindo um soco contra ele”, disse.
Ainda de acordo com o ex-coach, há "gente agredindo para todo lado. [...] Não dá pra lidar de outro jeito com esses bandidos", apontou.
Candidatos criticam Marçal
Outros candidatos que participaram do debate condenaram a atitude do assessor de Marçal e consideraram a agressão um reflexo da postura do candidato durante a campanha. Tabata Amaral (PSB) disse que ele “incita a violência desde o dia zero”.
"Fica claro que quando Marçal não tá dando espetáculo, showzinho de merda dele, para aparecer e ganhar dinheiro, ele não tem nada a dizer. [...] Aí, frustrado que não consegue dar o showzinho dele, acontece essa merda que aconteceu", afirmou.
Guilherme Boulos (PSOL) não deixou de fazer críticas também a Ricardo Nunes, classificando Marçal como “boi de piranha” do prefeito. "Sabe aquele boi que passa primeiro, antes da boiada passar, para as piranhas pegarem, para chamar atenção, e depois a boiada passa? É assim que o Marçal está funcionando".
José Luiz Datena (PSDB), que no debate da TV Cultura deu uma cadeirada em Marçal após ter sido reiteradamente provocado pelo ex-coach, comparou o oponente a um personagem de máfia. "É igual filme de máfia, o bandido sempre aparece no fim. A coisa fica desvirtuada".
Já Marina Helena (Novo) defendeu a prisão do assessor Nahuel Medina e aproveitou para criticar Datena. "A gente vê o assessor do Nunes saindo daqui ensanguentado. A pessoa de maior bom senso aqui foi um cidadão comum que deu voz de prisão ao agressor, o que, aliás, deveria ter acontecido na situação da cadeira no outro debate".