BRASÍLIA - A candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PSB, Tabata Amaral, defendeu o uso de palavrões em uma entrevista dada logo após o debate do Flow, na última segunda-feira (23), que terminou com uma agressão de um assessor de Pablo Marçal (PRTB) contra o marqueteiro de Ricardo Nunes (MDB).

Em entrevista nesta terça-feira (25), a deputada federal disse que “paciência tem limite” e contestou o fato de seu vocabulário ter chamado atenção naquele momento.

“Quando a gente faz a pesquisa durante o debate, de forma unânime as pessoas acham que eu sou a melhor candidata. Só que, no dia seguinte, elas veem a repercussão do debate, e a repercussão é a cadeirada, o soco, o xingamento. Brasil, né? Homem pode dar cadeirada, soco, e mulher não pode falar filha da p*? Vou falar. Se incomodar, vou falar duas vezes”, disse.

Ela ainda se classificou como a única candidata que tem equilíbrio emocional no debate e que é centrada em propostas. “Agora, até eu me canso uma hora", completou.

Logo após o debate da última segunda-feira, Tabata desabafou sobre a violência que tomou o fim daquele encontro entre os candidatos de São Paulo.

"Sabe qual a merda maior? Eu estava lá que nem uma filha da puta falando sobre as minhas propostas, fazendo um debate sério, e eu tenho certeza que amanhã só vão falar do soco", afirmou.

"Eu tenho uma teoria, quase uma teoria da conspiração, de que colocaram o Pablo Marçal para que a gente não visse as merdas que estão acontecendo em São Paulo”, concluiu a candidata.

Este foi o segundo episódio de violência física nos debates para a Prefeitura da capital paulista. No debate da TV Cultura, em 15 de setembro, José Luiz Datena (PSDB) agrediu Pablo Marçal com uma cadeira após ter sido continuamente provocado pelo adversário.