A retirada de radares e, consequentemente, o fim da aplicação das multas de trânsito são uma das propostas do candidato do Partido da Causa Operária (PCO) à Prefeitura de Contagem, Sebastião Pessoa. Para ele, a sanção se tornou mais um imposto para o cidadão. Pessoa defende campanhas educativas visando à organização da malha urbana.

“É consenso geral entre a população de que existe uma indústria de multas em todo o Brasil, não só em Contagem. A nossa intenção é acabar com isso, pois não faz sentido tantas sanções serem aplicadas. As máquinas são programadas para multar por diversos motivos e a população fica muito irritada”, afirmou.

Para o postulante do PCO, as multas se tornaram mais um “imposto” para o cidadão arcar. “É uma indústria que visa tirar dinheiro da população, além do que já é tirado. A questão das multas precisa ser revista, confesso que não sei exatamente como deveríamos fazer isso, talvez revendo a legislação de trânsito e os critérios atuais. Da forma que está, não pode mais ficar.”

Pessoa exemplifica que, na família dele, um parente sempre é multado por excesso de velocidade. Para ele, isso acontece muitas vezes porque a velocidade permitida para tráfego é menor do que a condizente para a via. “Em Contagem, no trecho da Via Expressa, o limite de velocidade é de 60 km/h. Como você vai dirigir um carro nessa velocidade, sendo que a dimensão da via é maior?”, indagou o postulante do PCO.

Questionado se a retirada dos radares não poderá provocar aumento de acidentes, Pessoa afirma que isso não irá acontecer. “Acredito que isso não tem chances, pois, mesmo com os radares, nós vemos muitos motociclistas se acidentando, por exemplo, diariamente. Os acidentes ocorrem por imprudência. Os radares não servem para nada.”

O candidato do PCO é favorável a campanhas educativas para que se tenha, em Contagem, um trânsito mais seguro. “A organização do trânsito passa pela educação e por uma melhor formação dos motoristas. Através da força, que hoje são as multas, não se consegue nada. Quem quer andar além da velocidade vai fazer isso.”

Pessoa é favorável a punições “mais firmes” para os condutores infratores. “Louco tem para tudo quanto é lado. O jeito é cassar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e remover o veículo. É igual ao cinto de segurança: foi feita uma grande campanha e todos sabem atualmente da necessidade de se utilizar o acessório que salva vidas. Não adianta querer forçar as pessoas, tudo passa pela conscientização”, concluiu.

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