O Debate Cruzado O TEMPO, que reuniu os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte nesta segunda-feira (30), trouxe um bom parâmetro para o eleitor da capital decidir em quem irá votar no próximo domingo (6), data do primeiro turno das Eleições 2024. Ao longo do encontro, os seis candidatos presentes promoveram uma intensa troca de ideias, incluindo algumas frases marcantes.
Apesar da ausência do prefeito Fuad Noman (PSD), Bruno Engler (PL), Carlos Viana (Podemos), Duda Salabert (PDT), Gabriel Azevedo (MDB), Mauro Tramonte (Republicanos) e Rogério Correia (PT) não fugiram das perguntas e mostraram o porquê podem ocupar a cadeira do Executivo belorizontino.
Abaixo, você poderá conferir as principais falas desses candidatos ao longo do do Debate Cruzado O Tempo:
“Fuad fez da educação uma moeda de troca. O último que está lá veio da Bahia. Quando chegou aqui, não sabia onde era a avenida do Contorno. Quiçá uma escola”, Rogério Correia, após ser questionado sobre o modelo de educação.
“Vamos discutir com os professores, alunos e pais para acertar o projeto político. Será um sistema freiriano. Jamais escola cívico-militar”, Rogério Correia, após ser questionado sobre o modelo de educação.
“As bibliotecas estão sucateadas. Os profissionais que estão ali estão desmotivados e com a saúde mental ruim. Vamos reestruturar as bibliotecas. Não a biblioteca do passado. Será uma biblioteca do futuro. Terá impressoras 3D, acesso à informação. Vamos colocar bibliotecas nas estações de ônibus, estações de metrô. Medellín está fazendo isso para combater a criminalidade”, Duda Salabert, sobre sua proposta para educação.
“Tenho um programa de educação progressista, um programa avançado. Não vejo isso no atual prefeito. Ele não tem ideias progressistas ou avançadas. E incomoda os outros candidatos quando falo que sou candidato do presidente Lula”, Rogério Correia.
“Você anda nos debates falando coisas técnicas, parece bula de remédio, de tão ensaiado. Mas porque você continua tão ofensivo fora dele?”, Rogério Correia atacando Bruno Engler.
“Gente, vamos falar a verdade, petista é assim: Quando não está roubando, está mentindo. Quando não está mentindo, está roubando. Não sei de onde o Rogério tirou isso (faltas no Legislativo), se estava com algum psicoativo na cabeça”, Bruno Engler, em réplica ao Rogério Correia.
“Ele não respondeu. Não deve ter tomado cloroquina. Sei que quando não toma, fica nervoso. De 868 sessões, você faltou em 409. Basta olhar no Diário Legislativo. Quando o servidor público não vai, vai ser mandado embora. Você vai ser mandado embora quando o pessoal souber que você fica atrás de Bolsonaro fazendo fofoca e não trabalha”, Rogério Correia, em tréplica a Bruno Engler.
“Gente, o Rogério é um mentiroso contumaz. Mentir está no seu DNA. Inclusive você chegou a responder por improbidade administrativa. Eu moro de aluguel, mas eu não recebo. Mas você, com imóvel próprio, recebia auxílio moradia. Você está com disco arranhado. Falando do Bolsonaro. Falando de urna eletrônica. Você é o que tem de mais atrasado aqui. Você não tem nada para falar”, Bruno Engler, em resposta a Rogério Correia.
“Precisamos de mais prédios de luxo. De investimentos em BH. Deixamos atuar e eles vão fazer obras de contrapartidas. Isso funciona com maestria em Betim. Prefeito (Vittorio) Medioli faz e muito bem ao deixar as obras acontecerem”, Carlos Viana, quando perguntado sobre seu planejamento para investimentos em BH.
“A gente não tem um sistema de inteligência no trânsito. Se tivesse, não era tão ruim. O que tem, está sucateado. E digo mais: através da inteligência artificial você consegue monitorar os ônibus, consegue ver se estão rodando no horário. E se não estão, que se cobre das empresas, aplicando multas. Se não pagar multa, corta o subsídio. Vamos auditar todos os contratos de transporte público de Belo Horizonte. Se tiver irregularidade, não tenho receio nenhum de cortar”, Bruno Engler, após ser questionado sobre o problema do trânsito em BH.
“É muito simples dizer que um sistema vai trazer a solução. Eles se esquecem que é uma engrenagem. As empresas fazem o que querem. Vou colocar o dedo nas feridas. Se não respeitarem, vou trazer de volta as vans. Vou colocar os trocadores de volta. E a solução não vem com solução simples”, Carlos Viana, em resposta a Bruno Engler.
“O atual prefeito representa um grupo que não quer largar o poder. E tem candidato marionete que também representa um grupo que não quer largar o poder”, Gabriel Azevedo.
“Vamos falar a verdade: Fuad, o atual prefeito, é uma pessoa antiquada e ausente. Não participa dos debates porque não quer explicar porque estava ausente quando a CMBH demonstrou que a Lagoa da Pampulha é uma indústria de poluição. É dever do prefeito ligar as casas que não estão interligadas ao sistema da Copasa. Será que esse esquema dá muito dinheiro às empresas, limpando o que não se limpa?”, Gabriel Azevedo, quando questionado sobre sua atuação para limpar a Lagoa da Pampulha.
“Fuad é um prefeito ausente. E é porque teve um pai político ausente, o Kalil. Kalil é ausente porque abandonou BH para concorrer ao governo de Minas. Aliás, o Kalil brigou com todo mundo que o ajudou a ser prefeito: Vittorio Medioli, Alberto Lage e Adriana Branco”, Gabriel Azevedo, em resposta a Tramonte, apadrinhado politicamente por Alexandre Kalil".
“Se eu vou ter um secretário técnico, o secretário é que vai ter que trazer as soluções para mim. Claro que vamos elaborar um projeto para mudar o plano diretor, mandar para a CMBH. É ela que vai ter que elaborar o plano. Muito fácil elaborar perguntas técnicas de casa, vir aqui e perguntar”, Mauro Tramonte, após ser questionado sobre Gabriel Azevedo em relação a suas ações para o Plano Diretor e contra das empresas de ônibus.
“Tramonte, você fala muito de povo. Mas vamos lá: quanto você recebia na Record? Seu plano de saúde é privado ou usa o SUS? Seu filho estuda em escola pública ou particular? Deixa de populismo”, Gabriel, em ataque a Mauro Tramonte.
“A Serra do Curral é nossa caixa d’água. Defender a Serra do Curral é defender a segurança hídrica da cidade. E o Romeu Zema, que permitiu aquele desmonte da Serra do Curral, está apoiando o Mauro Tramonte. E eu li o plano de governo do Mauro Tramonte e em nenhum momento ele fala de proteger a Serra do Curral”, Duda Salabert, em ataque direto a Mauro Tramonte.
“Está nítido o desespero da esquerda e do sistema. Vamos moralizar a prefeitura de BH. São três fatores que impedem o crescimento de BH. O primeiro é a corrupção. A primeira coisa que vou fazer é auditar todos os candidatos da PBH. Se estancar o ralo da corrupção, sobra dinheiro para o que precisa. Segundo ponto é a politicagem. Nós não temos rabo preso com ninguém. E por último observamos a falta de gestores que pensam soluções de tecnologia. Nosso serviço está preso no século XX. Não adianta votar nos mesmos grupos políticos. Se queremos uma saída para BH, precisamos votar em pessoas que pensam diferente. A solução é Bruno Engler”, Bruno Engler, em seu discurso final.
“Quero convidar todos para o futuro. Há uma onda de políticos que precisam manter a polêmica para engajar. Nós precisamos de experiência. Como senador, sou um político resolutivo. Há 5 anos, trabalho por Minas quase sozinho. Como os 2.8 bilhões de reais que trouxe para o metrô. Sou o senador que visitou 450 municípios. Sou um político resolutivo. Sou uma direita inteligente. Sou uma direita que não quer isolar BH. Cuidado com os extremismos, com um discurso muito fácil. Precisamos de diálogo, respeito e responsabilidade. Proponho planejamento, com um problema solucionado por vez”, Carlos Viana, em seu discurso final.
“No segundo turno, eu sou o único que vence o Bruno Engler. Ele vai repetir Bolsonaro e eu vou repetir Belo Horizonte”, Gabriel Azevedo, em seu discurso final, atacando Bruno Engler.