Em um novo mandato como presidente da República, o  candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL)  afirma que a educação básica será a prioridade do Governo Federal. A declaração foi feita pelo chefe do Executivo nacional em  entrevista exclusiva à rádio Super 91,7 FM e a O TEMPO, nesta quarta-feira (26).

Questionado sobre planos que gostaria de ter executado em Minas ainda no primeiro mandato, quando venceu Fernando Haddad (PT) com 55% dos votos válidos em 2018, o presidente elencou a educação básica do país com foco na alfabetização das crianças. 

“Estamos buscando agora recuperar agora um programa muito audacioso no tocante à alfabetização, que é o básico no meu entender. É o início de tudo, você tem que investir na educação de base. Nós concedemos no ano passado, o maior reajuste da história dos servidores do ensino básico, 33%. Ou seja, nós investimos lá atrás e começamos agora o ano, novamente, trabalhando nesse sentido”, disse.

Dados dos anos de 2019 a 2021, divulgados pelo Ministério da Educação, apontam que os índices educacionais voltaram ao patamar de 2013 como reflexo da pandemia de Covid-19. Segundo diagnóstico do ministério, 40% dos alunos chegam ao quinto ano do ensino fundamental sem saber identificar figuras geométricas. 

Para Bolsonaro, o processo de alfabetização infantil precisa ser acelerado no país.  “Quando nós criamos a Secretaria de Alfabetização, em 2019, a intenção nossa era realmente fazer a molecada ser alfabetizada mais cedo, como temos conseguido agora em vários municípios que, no passado, era por volta de 3 anos para alfabetização. Agora, com a colaboração do governo e a indispensável participação dos professores, já tem muita escola no Brasil alfabetizando a garotada em 6 meses”, afirmou o presidente em referência ao Graphogame, aplicativo criado pelo Ministério da Educação. 

A ferramenta integra a Política Nacional de Alfabetização e o programa Tempo de Aprender para apoiar os professores, em atividades de ensino remoto, modalidade que expandiu durante a pandemia da Covid-19. 

Crítico das medidas de distanciamento social para controle da pandemia  no Brasil, Bolsonaro manteve a posição contrária à suspensão das aulas nas escolas públicas do país em meio à crise sanitária que matou 687.710 brasileiros.

“A questão da educação no Brasil. Tínhamos grandes planos, começamos a executá-lo, veio a pandemia. Eu fui contra a molecada ficar em casa e não frequentar aulas, fui derrotado nessa questão”, disse.