O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, se exibiu de qualquer responsabilidade sobre o orçamento secreto ao atribuir o mecanismo aos parlamentares que atuam no Congresso Nacional. Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta sexta-feira (26), o mandatário afirmou que o orçamento é "bastante restrito" e que o Poder Executivo somente executa os recursos destinados.
“O pessoal culpa a mim pelo orçamento secreto. Eu não tenho nada a ver com isso. Quem define a lei na ponta da linha não sou eu. Se aprova um negócio no Congresso [Nacional] e eu veto, se derrubar o veto, não tem mais conversa. O Parlamento é o grande soberano nessa questão”, declarou.
“O orçamento secreto foi criado em 2019 e eu vetei. O Congresso [Nacional] derrubou o veto, inclusive [com votos favoráveis de] deputados do PT. Quem decide para onde vai esse dinheiro não sou eu, é o relator, e ele sofre as influências dentro do Parlamento. Nós apenas executamos, não temos qualquer controle sobre isso daí”, acrescentou Bolsonaro.
O presidente se referiu ao poder de deputados e senadores que podem derrubar ou manter uma decisão presidencial tomada a partir de um projeto de lei. Depois de aprovada no Congresso, uma proposta segue para sanção presidencial, para que o presidente sancione ou vete. Caso algum tema seja barrado, cabe aos parlamentares darem a palavra final.
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