Entrevista exclusiva

Braga Netto diz que Zema pediu para coordenar campanha de Bolsonaro em MG

A expectativa é que o governador acompanhe o presidente em todas as agendas de campanha no Estado


Publicado em 14 de outubro de 2022 | 13:45
 
 
 
normal

O candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), o general Braga Netto (PL), afirmou, nesta sexta-feira (14), em entrevista exclusiva á rádio 91.7 FM, que a decisão de coordenar a campanha de Bolsonaro em Minas Gerais partiu do próprio governador Romeu Zema (Novo). Desde que foi reeleito, Zema entrou de cabeça na campanha do presidente, inclusive, adotando discursos religiosos, indo contra a um principais ideias liberais, defendido pelo Novo, que é a separação entre Estado e religião.

"Ele não foi escalado (para coordenar a campanha), ele se ofereceu e nós solicitamos a ele. O Zema veio conversar com o presidente e como tem muita gente (na campanha), precisamos de uma pessoa que tenha status de liderança como o governador para que ele possa coordenar isso aqui, senão nós começamos a dar cabeçada", afirmou Braga Netto.

A expectativa é que Zema acompanhe Bolsonaro em todas as agendas de campanha em Minas Gerais. Nas duas últimas visitas do presidente, Zema esteve presente. A última foi na quarta-feira (12), quando o governador foi na inauguração da Cidade Mundial dos Sonhos de Deus, no centro de BH. Nesta sexta, Zema irá encontrar Bolsonaro novamente durante um ato com prefeitos do Estado.


Campanha não quer falar para 'convertidos'
Segundo o ex-ministro da Casa Civil, a campanha de Bolsonaro neste segundo turno das eleições pretende focar principalmente nos indecisos. Para ele, parte da militância bolsonarista está "acomodada". "Não é simplesmente entrar nas redes e repassar as mensagens para as mesmas pessoas. Nossos apoiadores precisam ir nas pessoas que não tem informações para conhecer nossa proposta", explicou o general.

Para Braga Netto, quem trouxe à tona o tema da religião para o debate presidencial foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ele, o petista tem se aproveitado da religião para conseguir votos. "O presidente não se aproximou  da questão religiosa agora, desde o início do governo ele fala em Deus. Ele é católico, a esposa é evangélica, sempre esteve nessa linha. O outro lado que viu o voto religioso e começou a aproximar", avaliou o militar que pediu para que os eleitores esqueçam as polêmicas do presidente quando forem votar e foquem no futuro das próximas gerações.

"Nossas propostas sempre foram claras e estão apoiadas em cima de valores básicos, que são Deus, a pátria, a família e a liberdade. Somos contra ideologia de gênero e a liberação das drogas. Não pense em vocês quando votar, mas nas crianças, em seus filhos e netos. Vocês querem um país com aborto livre e voltado para questão socialista ou um Brasil que cresce enquanto todos têm problemas financeiros", questionou. "Nossa proposta é diminuir o peso do Estado em quem produz, quem gera emprego", acrescentou. 

 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!