Candidata ferida em desabamento é acusada de ligação com o PCC

A candidata a deputada federal Ely Santos (Republicanos), que estava no ato político em que houve um desabamento com pelo menos nove mortes em Itapecerica da Serra, em São Paulo, é acusada de ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Suplente na Câmara dos Deputados, ela é acusada, na Justiça de São Paulo, de integrar uma organização que teria praticado lavagem de dinheiro para a quadrilha. Por causa disso, chegou a ficar presa por dois meses entre os anos de 2016 e 2017. Ely Santos é irmã de Ney Santos, prefeito de Embu das Artes, que também é réu no caso.

O outro candidato que estava no evento em que ocorreu o desabamento é Jones Donizette (Avante), braço direito de Ney Santos na prefeitura e que foi secretário de Comunicação em sua gestão.

Os dois candidatos estão entre os feridos no desabamento de uma estrutura de um galpão de contêineres. No momento acontecia um ato de campanha política, com cerca de 60 pessoas. A estrutura de um mezanino, onde havia sido montada uma arquibancada e estava parte do público, não teria suportado o peso. O galpão pertence à Multiteiner, uma empresa de venda e locação de contêineres. Os candidatos tinham sido convidados a conhecer a empresa. 

Eliane de Souza Alves Machado, nascida em São Paulo em 13 de janeiro de 1977, adotou o nome de urna de Ely Santos e disputa sua segunda eleição. Ela concorreu também ao cargo de deputada federal em 2018 e ficou como suplente, chegando a assumir como parlamentar ao longo dos últimos três anos. À Justiça Eleitoral ela declara bens no valor de R$ 252,5 mil.

Jones Donizette Sobrinho, nascido em 13 de dezembro de 1979, em Itapecerica da Serra, se identifica como empresário. Ele disputa sua terceira eleição. Nas anteriores, a vereador, em 2008, pelo PTB, e a prefeito, pelo Avante, em 2020, não conseguiu se eleger. As duas eleições se deram no município onde ocorreu o acidente desta terça-feira (20). Ele não declarou nenhum bem à Justiça Eleitoral.

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