As candidatas que fazem parte da candidatura coletiva Mulheres Negras Sim, formada por Juhlia Santos, Lauana Chantal e Tainá Rosa, postulantes ao cargo de deputada estadual de pelo PSOL divulgaram na noite desta sexta-feira (26) nota de repúdio contra a atuação da Polícia Militar (PM) no evento que marcou o lançamento da candidatura, realizado nesta quinta-feira (25), no bairro Floresta, em Belo Horizonte. Para elas, o caso foi de racismo institucional (quando o caso parte por alguma instituição, pública ou privada).
Na nota, divulgada pelas redes sociais, as candidatas alegam que os policiais estavam com armas em punho e que os advogados conseguiram apaziguar o clima no local. “O racismo institucional não descansa! Ontem, durante o lançamento de nossa candidatura, a polícia militar esteve no local. Uma grande quantidade de policiais, com arma em punho, promoveu abordagem ostensiva sem nenhuma necessidade. Na ocasião, nossos advogados contornaram a situação. Nesta nota de repúdio, reafirmamos: nada pode ofuscar o som dos tambores e nossas vozes de luta!”, diz o conteúdo compartilhado.
A O TEMPO Tainá Rosa disse que as justificativas dos policiais no local não eram condizentes e que cada viatura estava com cinco militares. “Foi uma abordagem super desnecessária, com várias justificativas muito sem noção. A gente não entendeu bem. Eles apontaram arma com para a gente, na porta para um cara que estava com criança no colo. Tinha três carros de polícia, todos eles com cinco pessoas. Várias justificativas desencontradas de que tinha alguém com tornozeleira, de que tinha tido um roubo na região”, relatou.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar para dar sua versão dos fatos, mas até o momento da publicação não obteve retorno. O TEMPO também procurou o advogado das Mulheres Negras Sim e aguarda retorno. O conteúdo será atualizado caso as respostas sejam enviadas.