ELEIÇÕES 2022

Economia nega que vai reajustar salário mínimo abaixo da inflação

A ideia seria indexar o reajuste do mínimo ao centro da meta de inflação do ano seguinte, mesmo se o índice encerrar o ano acima dessa meta


Publicado em 20 de outubro de 2022 | 20:00
 
 
 
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O Ministério da Economia negou, nesta quinta-feira (20), que enviará uma proposta para possibilitar que o salário mínimo e as aposentadorias e pensões sejam reajustados abaixo da inflação para 2023.

A matéria seria parte da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que o governo pretende enviar ao Congresso, em caso de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), para acomodar no orçamento os custos do Auxílio Brasil de R$ 600.

A ideia seria indexar o reajuste do piso salarial ao centro da meta de inflação prevista para o ano seguinte, mesmo se o índice encerrar o ano acima dessa meta.

“O Ministério da Economia informa que não há qualquer plano para alterar as regras dos reajustes anuais do salário mínimo e das aposentadorias pela inflação (INPC). O ministro Paulo Guedes afirma que o salário mínimo e as aposentadorias serão corrigidas, no mínimo, pelo índice da inflação, podendo inclusive, ter uma correção acima deste percentual”, diz a pasta.

Após encontro com empresários na sede da Confederação Nacional do Comércio (CNC), no Rio de Janeiro, Paulo Guedes confirmou que pode desvincular o reajuste do salário mínimo da inflação, como prevê hoje a Constituição, mas negou que isso geraria uma perda do poder de compra.

“Quando se fala em desindexar, as pessoas geralmente pensam que vai ser menos que a inflação, mas pode ser o contrário", afirmou.

A possibilidade de reajuste apenas pelo centro da meta de inflação foi criticada por economistas. O ex-ministro Henrique Meirelles, que declarou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno, disse que com a medida, o governo “joga nas costas da população a conta pelas medidas eleitoreiras deste ano”.

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