O candidato ao Senado pelo PP, Marcelo Aro, afirmou em sabatina ao jornal O TEMPO e à rádio Super 91,7 FM ter indicado emendas do orçamento secreto, defendeu o mecanismo, mas pontuou que falta de transparência ao processo. Na sequência, Aro enfatizou ser favorável a políticos da oposição receberem menos recursos que os da base de governo. O parlamentar é do PP, partido da base do governador Romeu Zema (Novo) e do presidente Jair Bolsnaro (PL).

“É um tema muito comum, a gente entende o que é orçamento secreto, as emendas de relator, mas para quem está nos ouvindo, esse tema não é muito do dia a dia delas. O orçamento secreto são as emendas parlamentares que o relator indica. E qual foi o problema disso? Essas emendas são indicadas pelos deputados e senadores, e como o relator que indica, você não sabe ao certo quem fez a indicação, mas emenda parlamentar sempre existiu no Brasil e nos países democráticos”, alega.

Marcelo Aro lembrou que outros candidatos são contrários, mas que respeita a posição deles. “Defendo que o parlamentar possa indicar recursos da União para os municípios que ele representa, o seu estado. Então quando a gente fala de orçamento secreto, eu sou contra a falta de transparência. Sou favorável que o deputado e senador indique e que esse orçamento seja transparente para a população, para que os órgãos de controle possam fiscalizar e saber se esse dinheiro está sendo bem utilizado ou não”.

Falta de transparência

Apesar da defesa, o candidato ao Senado enfatiza que o processo deve ser transparente, ao contrário do que acontece atualmente no país. “Quando pega as emendas de relator, eu fiz algumas indicações de emendas que foram incluídas. Tem aqui a relação de todas elas, isso precisa ser público”.

Aro pontuou que as emendas se tornaram obrigatórias no orçamento federal desde 2015.

“Na política falamos que a oposição tem o verbo e a situação tem a verba. Quem é governo governa, e quem é oposição critica. É natural que um parlamentar da base aliada tenha maiores indicações para os seus municípios. Se ela faz parte do governo, ela governa. Ela não está em uma condição de oposição. Isso não é no Brasil, é em qualquer lugar do mundo. Quando você chega nos Estados Unidos, tem o presidente que não é do partido republicado”, finaliza.