Voto de cristãos

Folhetos com ataques a Lula são distribuídos a evangélicos em igreja de BH

Em trecho, petista é acusado de 'destruir a família’ e ‘legalizar pedofilia e a zoofilia’; Encontro com fiéis contou com presença de Braga Netto, Romeu Zema e Nikolas Ferreira


Publicado em 19 de outubro de 2022 | 19:48
 
 
 
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Materiais de campanha pró-Bolsonaro e de ataques ao seu adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram distribuídos a evangélicos presentes no encontro do candidato a vice-presidente General Braga Netto com lideranças religiosas nesta quarta-feira (19) em uma igreja na região da Pampulha, em Belo Horizonte.

Além de Braga Netto, bolsonaristas de peso como os deputados eleitos Nikolas Ferreira (PL) e Bruno Engler (PL), o senador eleito Cleitinho Azevedo (PSC) e o governador reeleito Romeu Zema (Novo) também estiveram presentes e discursaram na Igreja Batista Getsêmani.

Dezenas de representantes de comunidades evangélicas compareceram ao local. Ao final do evento, materiais de campanha com ‘terrorismo moral’ e ataques ao adversário de Bolsonaro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram distribuídos aos fiéis.

Em um dos folhetos, Bolsonaro é apresentado como  defensor da "vida sagrada, direitos do cidadão e da liberdade de expressão", enquanto Lula é acusado de “destruidor da família tradicional" que vai "legalizar práticas imorais com crianças e animais".

"Legaliza o aborto", "Quer implantar a ditadura socialista do estado",  "Censura os meios de comunicação", "Apoia a criminalidade, perdoa e discriminaliza a corrupção" estão entre os ataques a Lula.

Braga Netto, Zema e Nikolas Ferreira discursaram para os fiéis.“Me sinto desconfortável de falar de política numa casa de Deus, mas só estou nisso porque acredito que os valores que defendemos estão em jogo”, iniciou Braga Netto. “Mesmo constrangido, eu venho aqui pedir aqueles que acreditam no trabalho que tem sido feito”, continuou.

Além do voto, Netto pediu que os evangélicos ‘convertam’ mais eleitores. “Primeiro agradecer aqueles que nos apoiaram no 1º turno, mas peço para falarem fora da bolha porque têm pessoas que acreditam em promessas que não vão ser cumpridas”, disse.

Repetindo a estratégia usada na própria campanha ao governo, Zema mirou no ex-governador Fernando Pimentel (PT). “Queria comentar aqui os problemas que enfrentei com a bandeira vermelha, que nós estamos aqui tentando evitar”, começou.

Aos evangélicos, Zema comparou as gestões petistas à má administração de um lar. “É a mesma coisa de chefe de família que quer fazer bonito para esposa, filhos e vizinhos começam a comprar carrão, reformar a casa  e sabe que não terá condições no futuro de pagar aquela dívida. No começo é muito bonito, mas a conta chega um dia e foi o que aconteceu em 2015 e 2016”, disse.

Evangélico e filho de pastor, Nikolas foi ovacionado pelos fiéis. Em tom de pregação, Nikolas subiu o tom e explorou, principalmente, o debate sobre a legalização do aborto.

“Aquilo que você fala pode gerar vida ou gerar morte. Está nas nossas mãos, nessa eleição agora,a decisão se nós vams colocar álguem que depois pode aprovar, por exemplo, o aborto e cada criança morta é sangue nas suas mãos. Quando você se ausenta de tomar uma decisão, outra pessoa vai tomar por você”, declarou.

 

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