A candidata ao governo de Minas pelo PSOL, Lorene Figueiredo, defendeu a preservação da Serra do Curral e assinou um documento pelo tombamento da área, nesta sexta (26). Ela também afirmou que “é preciso superar a ideia de que Minas é que depende da mineração”.
“Na verdade, são as mineradoras que dependem da boa vontade das benesses do Estado”, disse.
Nesta sexta (26), a candidata esteve em frente ao Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA), que fica na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, para assinar uma carta compromisso pelo tombamento da Serra do Curral. A atividade foi feita em articulação com o movimento Tira o Pé da Minha Serra, representando pelo professor, urbanista e ativista Roberto Andrés.
“A Serra do Curral é um patrimônio histórico e ambiental do povo de Minas Gerais, do povo de Belo Horizonte e da RMBH. Tem importante papel no controle climático, no abastecimento de águas e no controle do bioma e das espécies autóctones, além da comunidade quilombola Manzo, que tem todo direito de permanecer na terra com qualidade de vida e com dignidade”, enfatizou.
O documento costura um acordo prévio com candidatos ao governo do estado para, caso eleitos, “revogarem a licença concedida irregularmente ao empreendimento da TAMISA e avançarem com celeridade no processo de tombamento da Serra do Curral, respeitando na íntegra o perímetro e as diretrizes do dossiê de tombamento já aprovado pelo IEPHA”, explica o documento.
“A luta contra a mineração na Serra do Curral é uma prioridade da nossa campanha, e nossa primeira medida de governo será cumprir a lei Mar de Lama Nunca Mais, que o governo Zema não cumpriu. O modelo atual é um escândalo”, ressaltou.
Lorene tem batido na tecla sobre a atividade minerária no Estado por causa dos impactos que ela causa. Mesmo sendo um setor importante para a economia de Minas, a candidata do PSOL faz suas ressalvas e defende maior fiscalização das atividades.
“Os danos ambientais, o fato da exploração ser feita pela iniciativa privada e o retorno financeiro espúrio para o Estado, perto do total lucrado pelas empresas e do prejuízo causado às pessoas e ao meio ambiente, mostra a necessidade urgente de se pensar alternativas para este modelo em Minas. É preciso regular fortemente o setor da mineração”, defende.