Apesar de um alto índice de definição de voto na disputa presidencial, 22,7% dos mineiros ainda podem mudar de voto nesses últimos dias de campanha, de acordo com o levantamento do instituto DATATEMPO. Os já definidos são 77,3%. Enquanto isso, 8,9% dos eleitores do Estado afirmam que possuem uma decisão firme, mas que ainda pode mudar no decorrer da campanha. Os que têm apenas uma preferência inicial, que pode ser alterada, são 5,9%. Já os que não definiram seu voto são 7,5%.
A chance de mudança na intenção de voto é maior entre aqueles que não escolhem nem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem o presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre os eleitores da chamada terceira via, apenas 48,3% dizem ter a decisão como definitiva, o que pode contribuir com a estratégia petista de pregar o chamado ‘voto útil’. Por outro lado, 20,8% dos que escolhem esses nomes afirmam que, apesar de a decisão ser firme, ainda podem alterar o candidato. Para 15,7%, a escolha é apenas uma preferência inicial. Outros 14% dos eleitores da terceira via dizem que ainda não decidiram efetivamente o voto.
Entre os líderes da pesquisa, a situação é bem diferente. Lula, que aparece à frente do levantamento, tem 82,3% de seus eleitores dizendo que a escolha por ele é definitiva. Enquanto isso, 7,2% dizem tratar-se de uma decisão firme, 4,3% apontam como uma preferência inicial e 6,2% ainda não decidiram o voto.
No caso de Bolsonaro, são 83,5% os que afirmam que não mudam mais de candidato, 7,5% os que têm a decisão como firme, 4,2% os que a veem como uma preferência apenas inicial, e 4,6% os que ainda não definiram efetivamente o voto.
Entre os eleitores que votam em branco ou nulo, o cenário também pode mudar, já que 25,4% apontam que ainda não bateram o martelo sobre essa escolha. Enquanto isso, 59,2% têm a decisão como definitiva, 4,2% como firme e 8,5% como uma preferência inicial.
A pesquisa DATATEMPO foi contratada pela Sempre Editora. Os dados foram coletados no período de 24 a 27 de setembro de 2022, em todas as regiões do Estado. Foram realizadas 1.500 entrevistas domiciliares. A margem de erro do levantamento é de 2,53 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo nº BR-09375/2022 e no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TER-MG) sob o número MG-01044/2022.