A entrevista do presidente Jair Bolsonaro ao Jornal Nacional, da TV Globo, nesta segunda-feira (22), repercutiu entre aliados, ministros de governo e opositores nas redes sociais.
Um dos coordenadores da campanha à reeleição, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que acompanhou Bolsonaro até os estúdios da Globo, disse que o Brasil viu “o Bolsonaro de verdade que as narrativas esconderam e escondem há 4 anos”.
“Hoje o Brasil pode ouvir Bolsonaro falar e não o que falaram de Bolsonaro. E a diferença é a distância entre os preconceitos inventados contra ele e tudo que seu governo fez pelo país, seu sentimento de dever como presidente”, disse.
Hoje o Brasil pode ver o Bolsonaro de verdade que as narrativas esconderam e escondem há 4 anos: uma pessoa espontânea, sincera, de posições firmes e com profundo amor pelo Brasil e pelos brasileiros.
— Ciro Nogueira (@ciro_nogueira) August 23, 2022
Já o ministro das Comunicações, Fábio Faria, fez críticas ao apresentador William Bonner. Segundo ele, o jornalista recebeu o presidente “ fazendo caras de deboche e caretas o tempo inteiro”
Como o William Bonner recebe o Presidente da República fazendo caras de deboche e caretas o tempo inteiro???
— Fábio Faria 🇧🇷🇧🇷🇧🇷 (@fabiofaria) August 22, 2022
Inacreditável!!
Filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que também integrou a comitiva na emissora, foi outro a fazer críticas aos apresentadores. “Apesar do tom arrogante, caras e bocas dos entrevistadores, não conseguiram desestabilizar Bolsonaro que, com humildade e sem fugir dos assuntos, ainda encerrou brilhantemente!”, publicou.
Parabéns ao Presidente @jairbolsonaro pela entrevista!
— Flavio Bolsonaro #B22 (@FlavioBolsonaro) August 23, 2022
Apesar do tom arrogante, caras e bocas dos entrevistadores, não conseguiram desestabilizar Bolsonaro que, com humildade e sem fugir dos assuntos, ainda encerrou brilhantemente!
Foi show, vai ser no 1º turno! #BolsonaroNoJN pic.twitter.com/XndOF10TiJ
Por outro lado, opositores de Bolsonaro, que fazem parte da campanha do ex-presidente Lula, candidato ao Planalto pelo PT, criticaram a postura do presidente.
O deputado federal André Janones (Avante-MG), que tem tido participação ativa nas redes sociais em favor do petista, disse que o presidente “tirou sarro de pessoas morrendo com falta de ar e não tem coragem de dizer que se arrepende”.
Janones também acusou Bolsonaro de misoginia por ter “levantado voz” para a apresentadora Renata Vasconcellos.
Alguém que tirou sarro de pessoas morrendo com falta de ar e não tem coragem de dizer que se arrepende. É contra isso que estamos lutando. Que Deus um dia possa perdoa-lo, porque nós dificilmente vamos conseguir.
— André Janones 7040✌️ (@AndreJanonesAdv) August 22, 2022
Um dos coordenadores da campanha de Lula, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirma que Bolsonaro “debocha” do sofrimento das famílias de vítimas da covid-19 ao dizer que o governo “resolver rápido” a falta de oxigênio em Manaus, em janeiro de 2021.
“FORAM DIAS SEM OXIGÊNIO! Quem perdeu alguém durante a tragédia sabe a verdade! Bolsonaro é o pai da mentira!”.
Quando Bolsonaro diz que “resolveram” rápido a situação de Manaus durante a pandemia, ele DEBOCHA do sofrimento das famílias. FORAM DIAS SEM OXIGÊNIO! Quem perdeu alguém durante a tragédia sabe a verdade! Bolsonaro é o pai da mentira! #BolsonaroMentiroso
— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) August 23, 2022
Já o candidato à presidência pelo Novo, Felipe D'Avila, contestou a resposta de Bolsonaro sobre o fato de alguns apoiadores pedirem o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso.
“Pedir o fechamento do STF e do Congresso Nacional não é liberdade de expressão. Da mesma forma que não é figura de linguagem dizer que aqueles que se vacinassem contra a Covid-19 poderiam virar jacaré.”
O candidato também disse que a aliança do governo com o centrão “nunca foi por governabilidade”, e sim por “desespero e apego ao cargo”.
A aliança com o Centrão nunca foi por governabilidade.
— Felipe D'Avila | 30 (@fdavilaoficial) August 23, 2022
O desespero e o apego ao cargo o fizeram entregar as chaves do cofre.
O resultado está aí: orçamento secreto, escândalos de corrupção e aliança com condenados no Mensalão.
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