O senador Otto Alencar (PSD-BA) afirmou, na tarde deste domingo (30), que foi parado em uma blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Feira de Santana (BA) porque seu carro tinha um adesivo do Partido dos Trabalhadores (PT). Ele criticou a operação, que, segundo o parlamentar, não fiscalizava veículos com referências ao presidente Jair Bolsonaro (PL). 

“Eu observei que todos os carros parados tinham adesivo do 13, como o meu. A polícia parou e pediu meu documento e o do motorista. Nós mostramos. Depois de algum tempo, fomos liberados. Ao lado, passavam os carros com adesivo do Bolsonaro (PL), que sequer estavam parados. Polícia (Rodoviária) Federal, qualquer órgão que é pago pelo contribuinte – eu sou contribuinte como muitos brasileiros são –, ele existe para ter imparcialidade. Não pode um órgão com a Polícia (Rodoviária) Federal, senhor diretor da Polícia Rodoviária Federal, se colocar a favor de um candidato, abertamente a favor do Jair Bolsonaro, um genocida”, afirmou Otto Alencar em vídeo publicado no Twitter. 

Na sequência, o senador lembrou que nenhum político está acima da lei. “A lei existe para limitar o poder, para circunscrever o seu poder. O meu de senador, o do governador, o do presidente da República... Ninguém está acima da lei. Sobretudo, o cidadão comum que vai votar com direito livre e soberano, que é interpelado para não poder votar. É essa a polícia que vocês querem fazer? Não merece o meu respeito e a minha sincera consideração”, completou Alencar. 

As falas seguem na esteira de vários relatos de eleitores nordestinos neste domingo. As operações foram suspensas após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Ainda assim, em coletiva de imprensa, Moraes negou que as fiscalizações comprometeram o processo eleitoral.

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