Começou neste sábado (27) a propaganda eleitoral dos candidatos à presidência da República no rádio e na televisão. Nas primeiras peças para o rádio, os postulantes destacaram pontos centrais de suas campanhas.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem o maior tempo de propaganda, citou o fato de pessoas estarem passando fome no país. O programa lembra o aumento nos preços dos alimentos e diz que o litro do leite está mais caro que o da gasolina. Ao mesmo tempo, afirma que no governo do petista, era possível fazer um “churrasquinho”.
Lula se diz a “esperança” para reconstruir o país, “mesmo que a gente não pense igual em tudo”, mirando o eleitor de centro.
O presidente Jair Bolsonaro, que concorre à reeleição, deu destaque à substituição do Bolsa Família pelo Auxílio Brasil no valor de R$ 600 e prometeu estender o benefício para o ano que vem - a versão proposta pelo governo e aprovada pelo Congresso prevê o valor apenas até dezembro.
O chefe do Executivo afirma ter conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o assunto, citando também os efeitos da pandemia da covid-19 sobre o país.
Já Ciro Gomes (PDT), que tem o menor tempo entre os quatro primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto, reforçou sua proposta de criar um programa de renda mínima de R$ 1 mil. Também mencionou a Lei Antiganância, ideia anunciada por ele na última semana, e um projeto para tirar o nome de famílias endividadas do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).
Simone Tebet (MDB) se apresentou como “mãe, casada, professora universitária e senadora” e sublinhou as dificuldades que teve para ter sua candidatura lançada pelo próprio partido. Em aceno ao eleitorado feminino, disse que “tudo para mulher é mais difícil”, citou a vice, Mara Gabrilli (PSDB) e encerrou com o slogan “eles não, ela sim”.
Já Soraya Thronicke (União) optou por criticar a polarização entre Lula e Jair Bolsonaro, afirmando que “não dá para voltar aos erros do passado” e nem “errar de novo”. Apresentou-se como a candidata para unir o país, “porque não dá mais para conviver entre o medo e o ódio, com desigualdades e injustiças”.
Felipe D’Avila (Novo), que tem o menor tempo entre os candidatos com inserções na TV, escolheu um caminho semelhante. Também se referindo à disputa entre os líderes das pesquisas, disse que não dá mais para "ouvir promessas de quem transformou o país nesse caos". "Chega desse país dividido e de escolher o menos pior", afirmou.
O horário eleitoral é exibido no rádio às 7h e às 12h e na televisão às 13h e às 20h30, com blocos de 25 minutos cada. Os candidatos também têm direito a inserções durante a programação das emissoras.
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