O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, proibiu a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de explorar a entrevista em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fala sobre um encontro com adolescentes venezuelanas.
A restrição vale para publicações nas redes sociais e para propagandas no rádio e na TV. A multa é de R$ 100 mil por cada eventual descumprimento.
Moraes também notificou as redes sociais a apagarem publicações sobre o caso em contas ligadas ao petista e a seus apoiadores. O presidente do TSE disse que a declaração do presidente foi tirada de contexto.
"Tal contexto evidencia a divulgação de fato sabidamente inverídico e descontextualizado, que não pode ser tolerada por esta Corte, notadamente por se tratar de notícia falsa divulgada durante o 2º turno da eleição presidencial", escreveu.
Na chegada ao debate da Band neste domingo, Bolsonaro comentou a decisão.
"Uma acusação infâme, sórdida, de pedofilia. Potencializada pela senhora Gleise Hoffmann, presidente do PT. Tentaram me atingir naquilo que é mais sagrado para mim: a defesa da família e das crianças", disse o candidato à reeleição.
"Agora há pouco uma decisão do senhor ministro Alexandre de Moraes simplesmentene mandando retirar do ar toda e qualquer matéria nesse sentido, dizendo que foi descontextualizada e agressiva, visando apenas tirar proveito eleitoral. A minha indignação e a decisão do Alexandre de Moraes dá um ponto final nessa questão", concluiu Bolsonaro.
Confira declaração do presidente sobre a decisão:
Confira a fala do presidente Bolsonaro (PL) na chegada do debate da Band, sobre a polêmica das venezuelanas. "É uma acusação infâmia de pedofilia, potencializada pela Gleisi Hoffmann, presidente do PT. Tentaram me atingir naquilo que é mais sagrado pra mim: a defesa da família". pic.twitter.com/fBGUKSDhiW
— O Tempo (@otempo) October 16, 2022
(Estadão Conteúdo)