Uma série de publicações feitas por apoiadores e familiares do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o ex-presidente Lula (PT) deverão ser suspensas das redes sociais. A decisão é do ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os posts relacionam Lula ao presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, e apontam que o petista perseguiria cristãos e fecharia igrejas. Entre as pessoas que compartilharam o vídeo de Lula estão o filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro, e o deputado eleito Mário Frias.
As publicações foram listadas e questionadas no TSE em uma representação apresentada pela coligação Brasil da Esperança. Ao todo, 31 links são atingidos.
Ao analisar o caso, Sanseverino considerou que as publicações transmitem informação falsa e prejudicial à honra e à imagem de candidato ao cargo de presidente da República.
O ministro determinou que o Twitter e Facebook sejam notificados em até 24 horas para suspender o conteúdo. Em caso de descumprimento, a multa prevista é de R$ 10 mil.
“As publicações contêm informação manifestamente inverídica e divulgada no período crítico do processo eleitoral, em perfil com alto número de seguidores, de forma a gerar elevado número de visualizações, o que possibilita, em tese, a ocorrência de repercussão negativa de difícil reparação na imagem do partido político e do candidato atingidos pela desinformação”, afirmou Sanseverino.
Entre os apoiadores do presidente que compartilharam o vídeo e agora devem suspender as publicações estão: o assessor de assuntos internacionais da presidência, Filipe Martins; Kim Paim; Leandro Ruschel; e Tenente Nascimento. O perfil do jornal Gazeta do Povo também foi atingido pela decisão.
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