O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a imediata exclusão de um vídeo gravado pelo vereador de Belo Horizonte e deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro Paulo de Tarso Sanseverino concluiu que o conteúdo da peça é "manifestamente inverídico e odioso" e impôs uma multa de R$ 50 mil em caso de descumprimeiro da decisão por parte das redes Twitter, Instagram, TikTok e Facebook em 24 horas.
"É forçoso reconhecer que o vídeo divulgado foi produzido para ofender a honra e a imagem do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O objetivo consistiu na disseminação de discurso manifestamente inverídico e odioso, que pretende induzir o usuário da rede social a vincular o candidato como defensor de práticas ilícias e imorais acima mencionadas", diz a decisão de Sanseverino.
O vídeo faz associações de Lula com o incentivo ao uso de drogas por adolescentes e crianças, com a defesa de crimes diversos, e com uma pretensão de censurar as redes sociais e fechar igrejas se for eleito.
Além de Nikolas, autor do vídeo, outros parlamentares ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) ajudaram na difusão da peça, como os filhos do chefe do Executivo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), além da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
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