O candidato ao governo de Minas pelo PL, o senador Carlos Viana, criticou a atuação do atual governador Romeu Zema (Novo) à frente do Executivo estadual, durante visita ao distrito de Cruzeiro dos Peixotos, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, neste domingo (28). Para o senador, ele acabou “fazendo o papel de governador” porque o governo de Zema é “morto”.
“Nesses anos em que o governo ficou ausente, porque o governo de Minas é morto, ele não faz nada, eu fui o governador. Fui eu que representei Minas na discussão das duplicações de rodovias, fui eu que representei Minas na discussão do marco das rodovias, da antecipação do contrato da FCA que atende vocês, eu acabei fazendo papel de governador”, disparou o candidato do PL.
A candidatura de Viana foi ratificada pelo presidente da República Jair Bolsonaro apenas quando as possibilidades de aliança com Zema foram esgotadas.
O ataque ao adversário contraria a declaração de Bolsonaro (PL) que já afirmou que, devido ao bom relacionamento com Zema que o apoiou nas eleições de 2018, orientou Viana a não criticar ou fazer oposição ao governo do candidato do Novo.
De acordo com Bolsonaro, Viana foi lançado porque precisava de alguém para ajudá-lo a organizar “comícios, motociatas e outras coisas mais”.
“Então, conversei com o Viana, não vamos fazer oposição nem criticar o Zema, até porque ele fez, ao meu entender, um bom governo lá e nós temos um opositor comum, que é o tal do (ex-prefeito Alexandre) Kalil, apoiado pelo PT”, disse o presidente em entrevista ao Pânico, da Jovem Pan, na semana passada.
O presidente ainda acrescentou que Viana não ficaria com ciúmes em razão de a chapa adotar bandeira branca contra Zema, já que “ele sabe e foi combinado isso aí”.
“Conversei com ele (Zema) algumas vezes para a gente fazer um casamento ali. (...) Eu gostaria de estar com o Zema desde o primeiro momento, mas o partido dele, o tal de Partido Novo, resolveu lançar uma candidatura própria”, admitiu, em referência ao candidato Felipe D’Avila (Novo).