O Concurso Nacional Unificado (CNU) de 2025 está com inscrições abertas até este domingo (20/7), com 3.652 vagas em 36 órgãos federais e salários que podem chegar a R$ 16 mil.

Para se inscrever, os candidatos devem acessar o site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), banca organizadora do certame, e pagar taxa de R$ 70 para todos os cargos. Quem obteve isenção, que podia ser solicitada até o dia 8, não precisa quitar o boleto.

Nos primeiros oito dias de abertura das inscrições, meio milhão de pessoas já confirmaram a participação no CNU, segundo dados do  Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Entre os órgãos participantes estão o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o  Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e os Comandos da Marinha, Exército e Aeronáutica.

Confira abaixo seis motivos para não deixar essa chance passar.

1 - Não é comum haver concursos públicos com tantas vagas de uma vez só

O CNU se diferencia pela quantidade de vagas ofertadas em um único edital. A edição de 2024 foi o maior concurso público já realizado no Brasil, com 2,1 milhões de inscritos concorrendo a 6.640 vagas em 21 entidades públicas. Os salários iniciais chegavam a R$ 22,9 mil, atraindo candidatos de todo o país.

A diversidade regional foi uma das bandeiras do certame. A prova ocorreu em 228 cidades (mesma quantidade do CNU 2025) e os aprovados vieram de 908 municípios diferentes -se considerar o cadastro de reserva, o número sobe para 1.400. Além disso, mais da metade (52%) dos aprovados não tinha experiência anterior no setor público, segundo a ministra Esther Dweck.

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2 - Não haverá CNU em 2026 por causa das eleições

Outra razão para aproveitar o concurso deste ano é que não haverá CNU em 2026. Isso ocorre devido ao calendário eleitoral; a legislação proíbe nomeações de servidores públicos nos três meses que antecedem o pleito e até a posse dos eleitos, inviabilizando a homologação e posse de novos servidores nesse período.

"Por ser ano de eleição, é muito mais difícil realizar o concurso. Temos que homologar todos os resultados antes do início do período eleitoral", explicou a ministra Esther Dweck no fim de março. A ideia é que o certame se torne um evento bianual e que a próxima edição ocorra em 2027.

3 - Salários podem chegar a R$ 16 mil

Cinco carreiras do CNU 2025 oferecem remuneração inicial de R$ 16.413,35. São quatro especialidades do cargo de especialista em regulação de petróleo, derivados, álcool e gás da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), além de um especialista em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual da Agência Nacional do Cinema (Ancine). Elas aparecem em blocos diferentes do edital.

Além desses, o bloco 9 tem 340 vagas de nível intermediário distribuídas em diversos estados e remuneração inicial de R$ 8.053. Destas, 162 vagas não exigem curso técnico ou especialização, apenas ensino médio, e têm jornada de 40 horas semanais.

Segundo especialistas, a alta remuneração em alguns cargos está ligada à complexidade das funções e à tradição de valorização de carreiras em agências reguladoras.

4 - Etapas incentivam a formação de carreira

Os cargos federais possuem planos de carreira definidos, que oferecem progressões salariais ao longo dos anos conforme o tempo de serviço e a avaliação de desempenho.

Entre as gratificações oferecidas para cargos desta edição, estão a  Gratificação de Desempenho do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (GDPGPE), a Gratificação de Desempenho de Atividade de Ciência e Tecnologia (Gdact) e a Gratificação de Desempenho de Cargos Específicos (Gdace).

Além disso, algumas carreiras do CNU oferecem cursos de formação para aprovados empossados. Durante esse período, os candidatos convocados recebem 50% da remuneração inicial prevista para o cargo, mas arcam com despesas de transporte, alimentação, saúde e estadia. O processo funciona como uma fase adicional de seleção e preparação prática para o trabalho público federal.

5 - Benefícios complementam a renda

Além da remuneração base, servidores federais recebem benefícios que elevam a renda líquida mensal. Entre eles, o vale-alimentação, de R$ 1.000 por mês, e o vale-transporte, variável conforme deslocamento diário e com desconto de até 6% do salário e complemento da União.

Para servidores com filhos de até seis anos, há um auxílio-creche de, em média, R$ 484,90 mensais. E quem optar por contratar um plano de saúde, poderá ter um ressarcimento parcial de cerca de R$ 215, valor reajustado em 2024.

Também estão previstos adicionais por tempo de serviço, férias anuais de 30 dias com adicional, 13º salário e diversas licenças (maternidade de 180 dias, paternidade de 5 dias, saúde, capacitação, acompanhamento de doença em familiar e afastamento sem remuneração por motivos pessoais).

6 - O estudo nunca é perdido

Mesmo que o candidato não seja aprovado agora, a preparação para o CNU funciona como uma escola para futuras seleções públicas. Para quem nunca estudou para concursos, o tempo até a prova pode ser curto para aprovação, mas é um início de jornada.

Além disso, a edição terá 1.172 vagas para cadastro de reserva, quase metade do total. Só para o cargo de auxiliar administrativo do MGI, por exemplo, são 1.000 oportunidades nesta categoria - e o governo ainda espera que o número de nomeados aumente. A ideia é elevar a chance de aprovação dos candidatos e também suprir um déficit no serviço público, especialmente de cargos administrativos, no bloco 5.