Menos de um mês após o anúncio de que assumiria a presidência do Instituto BDMG Cultural, o atual presidente da Fundação de Artes de Ouro Preto (Faop), Jefferson da Fonseca Coutinho, renunciou ao cargo. A decisão foi comunicada em cara enviada ao Conselho de Administração. A informação foi confirmada por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa da instituição.
Com isso, quem assume o cargo será a diretora Financeira Larissa D’Arc de Faria, conforme estabelece o Estatuto Social do BDMG Cultural. Ela comandará o BDMG Cultural interinamente até a nomeação de novo diretor presidente. Os motivos para a renúncia de Coutinho não foram divulgados.
Coutinho havia sido escolhido pelo Conselho de Administração do BDMG. O entendimento dos conselheiros foi de que o instituto tem funções que competem à Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e, por isso, determinou que o banco deveria ampliar o suporte à cultura no Estado por meio da Faop. Segundo apurou a reportagem, o entendimento é que o apoio cultural do banco terá maior proveito se estiver articulado com outras ações culturais desenvolvidas e acompanhadas pela Secult do que atuando de forma difusa.
A expectativa é que Jefferson fosse o responsável pela condução da transição dentro da instituição para realinhar os investimentos do banco e fortalecer a cultura no Estado. A Faop é uma unidade da Secult que nasceu em 1968 a partir da união de esforços do poeta Vinicius de Moraes, da atriz Domitila do Amaral, do escritor Murilo Rubião e do historiador Affonso Ávila como um espaço para produção de arte.
Relembre o caso
No fim do mês passado, foi anunciado que o BDMG Cultural, criado há 35 anos para fomentar, registrar e divulgar os processos culturais em Minas Gerais, teria as suas atividades encerradas. A decisão do conselho do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) de fechar a entidade foi recebida com indignação por agentes culturais, pela classe artística e por funcionários e servidores da instituição.
Em comum, todos disseram ter recebido a notícia com surpresa e se queixaram da opacidade das informações. Após a repercussão negativa, o presidente da Fundação de Artes de Ouro Preto (Faop), Jefferson da Fonseca Coutinho, foi anunciado que estaria à frente da instituição. À época, em entrevista a O TEMPO, ele havia garantido que ações e programas antes encabeçados pelo BDMG Cultural seriam continuados.
Com Alex Bessas e Lucas Negrisoli