A juíza da 12ª Vara Criminal da Capital de Pernambuco Andrea Calado, que determinou a prisão do sertanejo Gusttavo Lima e do do empresário Boris Padilha, na tarde desta segunda-feira (23), afirmou que o "dinheiro não deve servir como um escudo contra a impunidade."

Na decisão, ela afirma ainda que a "aplicação da lei deve ser equânime, assegurando que todos, independentemente de sua posição social ou econômica, respondam por suas ações. A tentativa de se eximir das consequências legais por meio de conexões financeiras é uma afronta aos princípios fundamentais do Estado de Direito e à própria noção de justiça", destaca.

"É essencial enfatizar que a Justiça, por sua natureza, é cega e não deve ser afetada por condições financeiras. Ninguém pode escapar de suas responsabilidades, independentemente de sua riqueza ou influência. O dinheiro não deve servir como um
escudo contra a impunidade, nem como uma forma de evitar obrigações legais", descreveu.

"A aplicação da lei deve ser justa e imparcial, assegurando que todos, independentemente de sua posição social ou econômica, respondam por suas ações. Tentar esquivar-se das consequências legais por meio de conexões financeiras, em uma verdadeira afronta ao cumprimento das decisões judiciais e às requisições das autoridades policiais, é uma violação à lei que deve ser cumprida por todos, sem exceção", destacou na decisão.

Gusttavo Lima é alvo da Operação Integration, que investiga crimes relacionados a lavagem de dinheiro. A influenciadora Deolane Bezerra foi presa na mesma operação.