A relação de Brigitte Bardot com a fotografia é antiga. Morta aos 91 anos, a atriz francesa, um dos maiores sex simbols da sua geração, posou para a capa da revista Elle ainda muito nova, aos 15 anos.
A imagem chamou a atenção do produtor Roger Vadim, que ajudou Bardot a trilhar um caminho de sucesso no cinema. Ela fez 45 filmes com importantes cineastas, como Roger Vadim, Louis Malle e Jean-Luc Godard.
Godard a dirigiu em "O Desprezo", de 1963, em que Bardot aparece nua e celebra o próprio corpo. Na época, ela era considerada um ícone erótico e já tinha se tornado uma das mulheres que mais atraíam os fotógrafos.
Sua sensualidade fugia do glamour rígido que regia Hollywood. Bardot era tida como uma atriz natural, solar, espontânea. Assim, se distanciou da imagem de artista inacessível comum da época.
Uma exposição em São Paulo em 2009 mostrava parte desse apelo. Marcello Geppetti, fotógrafo que ficou amigo da atriz, registrou Bardot fugindo dos paparazzi em Roma, nua à beira da piscina do milionário Gunter Sachs, de braços abertos, sorridente.
Anos depois, quando decidiu encerrar a carreira, Bardot se isolou e parou de aparecer diante das câmeras. Quando aceitava posar para uma, costumava ser para algum fim envolvendo o seu ativismo pelos animais.